Em reconhecimento à qualidade dos serviços oferecidos em assistência psiquiátrica infantojuvenil, adulto em dependência química, o Hospital Santa Mônica de São Paulo recebeu, em 2018, a certificação ONA (Organização Nacional de Acreditação).
Nosso hospital foi o primeiro hospital psiquiátrico privado do Brasil a receber esse tipo de certificação. Mediante isso, este artigo objetiva mostrar os avanços e o trabalho desenvolvido pelo Hospital Santa Mônica em seus 50 anos de existência, no segmento de dependência química.
Continue a leitura e confira dados e informações relevantes sobre a atuação do HSM nessa área nos 50 anos de história desse hospital! Acompanhe!
Fatos curiosos sobre o tratamento da dependência química
O doutor Cláudio Duarte, médico psiquiatra no Hospital Santa Mônica, compartilhou um dos fatos mais curiosos entre os mais de 10 anos dedicados ao hospital.
Ele relatou que “certa vez, um paciente idoso, queria porque queria ser internado sem que, de fato, houvesse indicação para tal conduta. Fiquei pensando que ele poderia querer uma espécie de férias do casamento, que pudesse estar endividado ou fugindo da polícia ou de traficantes, que queria obter algum laudo para benefícios da previdência, enfim, temos que sempre buscar entender tais situações”.
Depois de uma longa conversa, doutor Cláudio conseguiu descobrir por que aquele paciente queria ser internado: “então, ele confessou que estava apaixonado por uma profissional. Normalmente ficamos até “bravos” com tal manipulação, mas esse senhor era tão cavalheiro, educado e cativante, com uma singeleza ímpar, que restou-me apenas consolá-lo, mas dizer que não seria possível interná-lo por isto”.
O trabalho de prevenção é fundamental, já que, independentemente da idade, questões emocionais podem levar ao uso de drogas ou ao alcoolismo. Além disso, esse caso demonstra a importância de um hospital ser formado por profissionais capacitados e com habilidades para perceber a real necessidade dos pacientes a fim de direcioná-los à conduta mais adequada.
Hospital Santa Mônica como referência no tratamento da dependência química
Nosso hospital trabalha com uma equipe cada vez mais qualificada, maior e sempre muito envolvida e dedicada à resolução de cada caso específico. Temos uma administração que apoia e busca fazer o melhor para proporcionar as condições ideais para cuidarmos dos pacientes.
Doutor Cláudio explica a relevância da estrutura do HSM e sobre a influência da motivação da equipe: “sempre há o que melhorar, e isto é que me motiva. São raros os locais de tratamento de dependência química que contam com a estrutura hospitalar que temos aqui, possibilitando cuidar de casos mais complexos, com comorbidades psiquiátrica diversas”.
“Oferecemos tratamento para públicos masculino e feminino, terceira idade e até mesmo para menores de idade, em contextos terapêuticos especializados para cada grupamento diagnóstico. Todo esse processo é feito de forma integrada com uma equipe multidisciplinar”, afirma o especialista.
Outro aspecto de destaque é o fato de o hospital ter a proposta de melhoria contínua baseada em um atendimento de verdade, com carinho, e alinhado à busca da excelência. Nos últimos anos, esse diferencial tornou o Hospital Santa Mônica cada vez mais respeitado e uma referência no tratamento em dependência química.
Desafios do tratamento da dependência química
Em todas as áreas da saúde, há desafios que precisam ser superados, principalmente no que se refere à questão estrutural, de confirmação diagnóstica e na evolução mais rápida dos tratamentos.
Contudo, as inovações tecnológicas permitiram — e permitem a cada dia mais — o uso de importantíssimos recursos para facilitar a vida dos profissionais que se preparam para se adequar a essas mudanças. Nesse contexto, buscar a qualificação profissional é de extrema relevância para a superação dos desafios, sobretudo no ramo de saúde mental.
Outro problema é que o aumento da produção de entorpecentes facilita, em escala mundial, o acesso a esses produtos. Isso contribui para elevar as comorbidades associadas ao vício em drogas. De 2016 a 2017, houve um aumento de 65% na produção global de ópio, segundo pesquisas do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).
Com isso, vencer os impactos resultantes do consumo de drogas tem se tornado um dos maiores desafios para a saúde pública. Mas há outros fatores que também merecem atenção, e que exigem muita habilidade das instituições na hora de direcionar as condutas dos processos psicoterapêuticos da dependência química.
“A questão do limite entre o livre arbítrio e a perda da capacidade de discernimento e juízo do paciente que sofre do problema precisa ser considerada. Nessa hora, os profissionais devem utilizar a empatia necessária e a destreza em empregar as técnicas motivacionais que facilitem a entrada efetiva no tratamento”, destaca doutor Cláudio.
Entretanto, isso deve ser feito sem perder de vista o limite ético e o senso adequado de seu dever como profissional de saúde. Respeitar o direito do paciente, da família e até mesmo da sociedade como um todo também é essencial.
Sobre a importância da constante atualização, o diretor clínico argumenta: “também é desafiador e estimulante se manter sempre atualizado. Absorver as novidades da ciência médica, mas, ao mesmo tempo, lembrar que não se pode deixar de lado o que é tradicionalmente consagrado pela mesma ciência.”
Perspectivas para o futuro
Com o avanço da Ciência e da Medicina, há sempre novos medicamentos e tecnologias de saúde bastante promissoras. Doutor Cláudio destaca a possibilidade de ser mais comum o uso de técnicas de neuromodulação, vacinas e outras tecnologias que poderão integrar os tradicionais modelos de tratamento que são já eficazes.
Segundo o psiquiatra do HSM, “a ciência da prevenção — com detecção e intervenção precoces — poderia ser cada vez mais adotada em prol da redução do sofrimento e da casuística dos problemas relacionados ao uso de substâncias psicoativas que levam à dependência química”.
O Jornal da USP publicou um estudo recente da Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool e Drogas (SMAD), afirmando que a prática de esportes não evita o envolvimento dos jovens com drogas. Isso reafirma a importância de encaminhar, o quanto antes, o jovem usuário para tratamento, pois a avaliação profissional é a prevenção mais segura para impedir a evolução para situações mais graves.
Vale destacar que o crescimento do Hospital Santa Mônica fez com que ele ocupasse ocupar um lugar de destaque para ajudar aos dependentes químicos no momento de crise: “ainda que a internação seja o último recurso, ela é fundamental em determinados momentos da vida destes pacientes”, frisou doutor Cláudio.
Como vimos, ao longo desses 50 anos, o HSM conquistou uma posição privilegiada na área de tratamento contra a dependência química. Mediante os desafios impostos pela realidade que envolve o uso de drogas em nosso país, contar com uma instituição especializada na recuperação da saúde mental representa maiores chances de reduzir os impactos desse problema.
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