Saber quais são as formas de intoxicação mais comuns nos jovens é essencial para direcionar medidas de intervenção mais específicas para diminuir os impactos desse problema. Com o aumento das formas de intoxicação, o risco do uso de drogas na juventude é maior, o que representa muitos prejuízos para a saúde.
Tendo isso em vista, vamos apresentar aqui as formas mais perigosas pelas quais os jovens se intoxicam. Mostraremos os perigos que essas práticas representam e o quanto é importante buscar ajuda profissional — o mais rápido possível — para recuperar a saúde mental e física. Acompanhe!
5 formas de intoxicação mais perigosas que os jovens usam
As substâncias nocivas podem penetrar no organismo por diferentes vias. As mais comuns são:
- via oral (ingestão);
- injetável (veia ou músculo);
- tópica (pela pele);
- supositório (pelo ânus);
- outras formas utilizadas com menos frequência.
Mesmo que as formas de uso sejam diferentes, os riscos à saúde são semelhantes e bem preocupantes, conforme indica uma pesquisa realizada pelo Departamento de Psiquiatria da Universidade de Wisconsin, nos EUA.
Algumas dessas formas são discretas e, por isso, nem sempre os pais ou responsáveis percebem que o jovem está envolvido com questões dessa natureza. Isso é um dos aspectos negativos que envolvem as formas de intoxicação, já que dificulta a orientação, a prevenção e o tratamento. Na juventude, esse problema é tão grave que o diagnóstico deve ser baseado no perfil do jovem, e não somente na substância utilizada ou consumida.
Muitos adolescentes e jovens — principalmente os que se encontram em condição de vulnerabilidade social — desenvolvem hábitos de intoxicação como o ato de “cheirar cola”. O efeito produzido pela inalação de solventes voláteis é um sintoma semelhante à embriaguez. Nos casos mais graves, os solventes inalados comprometem a respiração e podem levar ao coma e causar lesões cerebrais irreversíveis.
Além da prática de “cheirar cola”, há outras formas de intoxicação muito prevalente entre os jovens. Veja quais são!
1. Uso de vodca pelo OB
Ultimamente, a juventude tem criado formas inusitadas de intoxicação. Uma delas é a introdução de um absorvente (do tipo OB) embebido com vodca na vagina. Isso faz com que o álcool seja absorvido imediatamente pela corrente sanguínea, o que acelera o processo de intoxicação.
Porém, entre os problemas acarretados pelo uso de vodca no OB, destacam-se:
- risco de inflamação da parede vaginal;
- irritação local;
- dores;
- maiores chances de infecção.
Essa prática tem sido muito difundida entre as meninas porque elas conseguem disfarçar a embriaguez, já que o hálito não fica comprometido pelo cheiro de álcool.
2. Inalar aerossóis por meio de cigarros eletrônicos
A inserção de aerossóis nos cigarros eletrônicos também é uma forma de intoxicação que causa sérios danos aos pulmões e ao fígado. Os aerossóis contêm substâncias químicas nocivas e partículas ultrafinas que são introduzidas nos cigarros eletrônicos e inaladas para os pulmões.
3. Consumir vodca ou outra bebida alcoólica diretamente pelos olhos
Os jovens estão desenvolvendo o hábito de pingar vodca dentro dos olhos para se embriagarem com mais rapidez. Como a região é de alta absorção, o tempo para o teor alcoólico da vodca entrar na corrente sanguíneo é bem curto. Essa prática pode causar consequências graves, como a cegueira.
4. Brincadeiras de enforcamento
Um dos perigos da intoxicação por drogas, álcool ou outras substâncias é a perda do juízo de valor. Nessa condição, os jovens se tornam mais vulneráveis e se envolvem em situações perigosas, como as brincadeiras de enforcamento.
Os jovens fazem essas brincadeiras para obter uma espécie de “barato” e se sentirem mais “leves”. Nesse sentido, essa prática é vista como uma forma de intoxicação, ainda que não seja por produtos químicos. Na verdade, durante o enforcamento, o cérebro experimenta alguns segundos de hipóxia (falta de oxigênio), e que pode até causar lesões irreversíveis, caso isso seja feito com muita frequência.
Essa prática pode significar a associação com outras doenças psicossociais como a depressão. Fingir um enforcamento pode simbolizar perigos que vão muito além de uma simples brincadeira. Esse ato pode ter ligação direta com a dependência química ou com ideações suicidas.
5. Consumir produtos de limpeza que têm álcool em sua composição
O teor alcoólico da composição dos produtos de limpeza é bem alto, já que o objetivo maior é impedir a proliferação de germes nocivos à saúde. Por isso, a ingestão desse tipo de álcool é bastante prejudicial, já que pode causar lesões no fígado e nos rins.
Vale ressaltar que certos produtos dessa natureza podem ser altamente corrosivos e afetar todo o aparelho digestivo. Além de comprometer a absorção de nutrientes, nos casos mais graves pode ser necessário até mesmo a reparação de órgãos.
Os prejuízos da intoxicação sobre a saúde
As diferentes formas de intoxicação por álcool ou drogas na juventude podem resultar em danos físicos, mentais, emocionais, profissionais, pessoais e sociais. Nesse contexto, o ideal é procurar ajuda antes que a situação evolua para quadros mais complicados, ou mesmo irreversíveis.
As complicações dependem do estado de saúde do usuário e da quantidade de tóxico absorvido. Há ainda, questões relacionadas à dinâmica da absorção, já que os tóxicos e o álcool apresentam diferentes tempo de absorção. Além disso, alguns jovens podem apresentar resistência aos efeitos das drogas e perceber os danos à saúde tarde demais.
Enumeramos os tipos de intoxicação e seus efeitos sobre o organismo. Confira:
- aguda leve: sintomas como cefaleia, irritação da pele, náusea, dermatite de contato muito irritativa, com presença de coceira, manchas ou não;
- aguda moderada: caracterizado por cefaleia muito intensa, náuseas e vômitos, presença de cólicas abdominais, visão enfraquecida, dispneia e sudorese;
- aguda grave: constrição da íris do olho, queda de pressão arterial, arritmias cardíacas, problemas respiratórios, convulsões, consciência alterada, choque e risco de morte.
A importância de buscar ajuda
Um jovem que busca formas de intoxicação com muita frequência demonstra a necessidade de receber tratamento especial, de preferência amparado por uma equipe multiprofissional experiente nesse ramo.
O ideal é buscar ajuda profissional em instituições especializadas e que tenham uma infraestrutura adequada para a recuperação da saúde integral. Para vencer o vício em tóxicos ou bebidas alcoólicas, é preciso uma intervenção terapêutica multidisciplinar.
Para alcançar os objetivos do tratamento, o trabalho dos médicos psiquiatras deve ser complementado por profissionais da psicologia, terapia ocupacional, assistência social e de outros que possam somar benefícios à recuperação do jovem.
Além disso, a presença da família e amigos é essencial para incentivar o jovem a permanecer firme em seu propósito. Isso favorece a perda do interesse pelo hábito de consumir quaisquer tipos de substâncias ilícitas, independentemente das formas de intoxicação. Logo, a escolha de um hospital de referência e o apoio dos familiares são imprescindíveis ao alcance de resultados positivos e favoráveis à reabilitação da saúde integral do jovem que enfrenta esse problema. Agora é com você: necessita de ajuda nesse sentido ou conhece alguém nessa situação? Entre em contato com o Hospital Santa Mônica e conheça nossos tratamentos especializados!