A dependência química é um problema de escala global. O abuso de drogas afeta as pessoas independentemente de sua condição social ou histórico familiar.
Um relatório divulgado em junho de 2017 pela Organização das Nações Unidas (ONU) apontou que cerca de 5% da população mundial consumiu algum tipo de droga em 2015. Isso significa que pelo menos 250 milhões de pessoas no mundo tiveram contato com entorpecentes naquele ano.
Além disso, 190 mil pessoas morreram em 2015 por causas diretamente relacionadas ao consumo de drogas, de acordo com o mesmo documento. Esses dados mostram o quanto o abuso dessas substâncias é uma ameaça para a sociedade como um todo.
Apesar de as drogas não escolherem suas vítimas, existem alguns fatores de risco que deixam uma pessoa mais próxima da dependência química. Veja quais são eles a seguir!
1. Círculo social
É muito comum pessoas terem o seu primeiro contato com as drogas ainda na infância.
Entre crianças, não são raros os relatos de consumo de substâncias como álcool e nicotina por membros da família ou pessoas próximas. E isso quando não há consumo de entorpecentes.
Um indivíduo que tenha contato desde cedo com as drogas ou tenha o exemplo de pessoas mais velhas consumindo essas substâncias está mais propenso a desenvolver a dependência química.
A fase da vida também pode influenciar. Na adolescência, por exemplo, uma pessoa está mais sujeita ao abuso de drogas devido às suas inseguranças e ao seu círculo de amizades.
Independentemente da idade, estar em um meio em que outros têm o hábito de consumir drogas facilita o contato com esses compostos e abre uma porta para o vício.
2. Traumas
Uma situação de intenso estresse ou alguma perda podem levar uma pessoa a buscar conforto no consumo de drogas.
A perda de um familiar ou amigo querido, separação conjugal, o estresse no trabalho, o bullying ou mesmo a tomada de decisões difíceis podem levar um indivíduo ao consumo de entorpecentes para obter alívio.
Dessa forma, os traumas acabam sendo uma porta de entrada para as drogas.
Isso pode acontecer de forma direta, quando elas são usadas para a fugir da realidade. Também há situações em que a dependência vem de forma indireta, quando o uso de medicamentos acaba se tornando um vício.
3. Transtornos mentais
O desequilíbrio mental é um fator de risco para a dependência química à medida em que uma pessoa precisa das substâncias para regular as funções do organismo.
Este é o quadro que mais demanda o apoio de um especialista, pois apenas inibir o consumo não basta. E em alguns casos, abandonar o uso pode ser ainda mais danoso para o indivíduo, pois os efeitos da abstinência podem agravar seu quadro clínico.
4. Vulnerabilidade
A situação social de uma pessoa pode torná-la mais ou menos exposta ao consumo de drogas. A proximidade de grupos de usuários ou de regiões de intenso consumo podem facilitar o contato com essas substâncias.
A falta de atividades sociais que afastem a pessoa da dependência química também contribui. Não ter referências ou perspectivas de um universo sem drogas aumenta a exposição de um indivíduo a seu consumo.
Todos esses fatores são agravantes para pessoas que têm alguma possibilidade de desenvolver a dependência química.
Lembre-se do mais importante para o combate às drogas: diálogo e compreensão. Lutar contra o vício é um caminho difícil tanto para o dependente quanto para as pessoas à sua volta. Ter um relacionamento de confiança com alguém ajuda no progresso do tratamento e evita recaídas.
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