Você já deve ter ouvido falar que a infância é uma fase com grande influência na vida adulta. Isso pode ser explicado porque as experiências vivenciadas quando somos pequenos permanecem marcadas para sempre na nossa mente — inclusive aquelas que não foram prazerosas — e podem ser responsáveis pelos traumas na infância.
De acordo com o Fundo Nacional das Nações Unidas para a Infância, o abuso sexual, a violência em casa e o trabalho infantil são uma realidade comum na vida de milhões de crianças. Esses são alguns problemas causadores de danos emocionais, os quais se revelam como uma resposta do cérebro a um ou vários acontecimentos negativos que se passaram na vida do indivíduo.
Em consequência disso, o trauma pode se manifestar na personalidade e no comportamento de quem o sofreu, o que gera impactos negativos na saúde mental. Dada a relevância do assunto, preparamos este post especialmente para explicar mais detalhadamente como todo esse processo acontece. Acompanhe!
Como os traumas na infância interferem na vida adulta?
O cérebro de uma criança pode ser comparado a um favo de mel vazio que está prestes a ser preenchido. Isso significa que tudo aquilo que for presenciado e escutado nessa fase será absorvido e guardado. Na infância não temos o discernimento para filtrar o que é bom ou ruim, e assim levamos na memória todos os acontecimentos, sem qualquer avaliação sobre aquilo.
Na psicologia, essas construções mentais são denominadas crenças negativas e limitantes, que se manifestarão somente na vida adulta e trarão prejuízos psicológicos. A ansiedade, o medo, a insegurança e até transtornos psicológicos são algumas consequências.
Com isso, o indivíduo que sofre com traumas costuma ter dificuldades para conviver em sociedade, se relacionar, apresentam baixa autoestima e agressividade.
Quais são os comportamentos típicos de quem viveu traumas na infância?
Alguns comportamentos são comumente observados em pessoas que sofreram um trauma psicológico quando eram crianças. Veja!
Inibição
A inibição revela a dificuldade da convivência em sociedade. Normalmente o indivíduo não consegue manifestar o que pensa ou deseja, e tem limitação para se autoafirmar diante de várias situações. A partir daí, observa-se o isolamento a falta de adaptação para o relacionamento com outras pessoas.
Repúdio por elogios
Indivíduos que sofrem com traumas vividos na infância podem ter problemas para reconhecer o seu valor. Dessa forma, sentem-se inferiores e rejeitam elogios dos outros, pois não se consideram suficientemente bons.
Além disso, costumam considerar os adjetivos uma brincadeira ou falta de verdade e não entendem que alguém pode ter admiração por suas características.
Irascibilidade
As pessoas traumatizadas tendem a ser pouco tolerantes, mais propensas a reagir com agressividade em algumas situações e demonstram tensão nos gestos e na fala. Trata-se de um mecanismo de defesa, desenvolvido em decorrência dos acontecimentos vivenciados no passado.
É importante entender que os traumas na infância precisam ser levados a sério. Raramente quem sofre com esses danos consegue resolvê-los sozinho. Desse modo, diante de todos os prejuízos que esse problema gera para a vida da pessoa, é essencial buscar ajuda profissional para que se consiga ressignificar as experiências negativas.
Vale ressaltar que contar com uma instituição de referência na reabilitação mental faz grande diferença. O Hospital Santa Mônica, por exemplo, com o aumento dos atendimentos voltados para crianças e adolescentes, destinou um setor exclusivamente para atender o público mais jovem e, com isso, tem proporcionado resultados ainda melhores a partir dos tratamentos realizados.
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