Na semana do dia 25 de janeiro, foi divulgada a notícia que Bless, filho de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso foi diagnosticado com a Síndrome Sensorial. Então, vamos entender um pouco mais sobre essa Síndrome Sensorial ou Transtorno do Processamento Sensorial.
Esta é uma condição na qual o cérebro tem problemas para receber e responder às informações que chegam por meio dos sentidos.
Anteriormente referida como disfunção da integração sensorial, atualmente não é reconhecida como um diagnóstico médico distinto.
Algumas pessoas com transtorno de processamento sensorial são hipersensíveis às coisas em seu ambiente. Sons comuns podem ser dolorosos. O leve toque de uma camisa pode irritar a pele.
Outros com transtorno de processamento sensorial podem:
- ser descoordenado;
- esbarrar nas coisas;
- Ser incapaz de dizer onde seus membros estão no espaço;
- Ser difícil de se envolver em conversas ou brincadeiras.
Problemas de processamento sensorial são geralmente identificados em crianças, como foi o caso de Bless que tem 8 anos. Mas também podem afetar adultos. São comumente vistos em condições de desenvolvimento, como transtorno do espectro autista.
Entretanto, não é reconhecido como um distúrbio autônomo. Mas muitos especialistas acham que isso deve mudar.
Sintomas de transtorno de processamento sensorial
O distúrbio do processamento sensorial pode afetar um sentido, como audição, tato ou paladar. Ou pode afetar vários sentidos. E as pessoas podem responder demais ou pouco às coisas com as quais têm dificuldades.
Como muitas doenças, os sintomas do transtorno do processamento sensorial existem em um espectro.
Em algumas crianças, por exemplo, o som de um soprador de folhas fora da janela pode fazer com que vomitem ou se escondam debaixo da mesa. Eles podem gritar quando tocados. Eles podem recuar das texturas de certos alimentos.
Mas outros parecem indiferentes a qualquer coisa ao seu redor. Eles podem não responder ao calor ou frio extremo ou mesmo à dor.
Muitas crianças com transtorno de processamento sensorial começam como bebês agitados que ficam ansiosos à medida que envelhecem. Essas crianças muitas vezes não lidam bem com a mudança. Eles podem frequentemente fazer birras ou ter colapsos.
Muitas crianças apresentam sintomas como esses de tempos em tempos. Mas os terapeutas consideram um diagnóstico de transtorno de processamento sensorial quando os sintomas se tornam graves o suficiente para afetar o funcionamento normal e atrapalhar a vida cotidiana.
Sobre o caso de Bless, filho de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso, a atriz contou em seu programa de poadcast “Quem Pode, Pod”, apresentado por ela e Fernanda Paes Leme, como se sentiu ao descobrir o diagnóstico da criança, que inicialmente achou que o filho estivesse apenas com “frescura”.
“Durante a pandemia, o Bless começou a ficar muito aéreo, fazia algumas coisas que eu achava um pouco estranhas. Comecei a achar que ele poderia ter um grau de autismo, até que uma médica em São Paulo o diagnosticou com uma síndrome sensorial. Ele ouve mais do que nós todos, ele sente mais, sente mais cheiro”, contou a atriz.
Causas do Transtorno do Processamento Sensorial
A causa exata dos problemas de processamento sensorial não foi identificada. Mas um estudo de 2006 com gêmeos descobriu que a hipersensibilidade à luz e ao som pode ter um forte componente genético.
Outros experimentos mostraram que crianças com problemas de processamento sensorial apresentam atividade cerebral anormal quando são expostas simultaneamente à luz e ao som.
Ainda outros experimentos mostraram que crianças com problemas de processamento sensorial continuarão a responder fortemente a um toque na mão ou a um som alto, enquanto outras crianças se acostumam rapidamente com as sensações.
Tratamento para transtorno de processamento sensorial
Muitas famílias com uma criança afetada acham que é difícil obter ajuda. Isso ocorre porque o distúrbio do processamento sensorial não é um diagnóstico médico reconhecido no momento.
Apesar da falta de critérios diagnósticos amplamente aceitos, os terapeutas ocupacionais geralmente atendem e tratam crianças e adultos com problemas de processamento sensorial.
O tratamento depende das necessidades individuais da criança. Mas, em geral, envolve ajudar as crianças a se saírem melhor em atividades nas quais normalmente não são boas e ajudá-las a se acostumar com coisas que não podem tolerar.
O tratamento para problemas de processamento sensorial é chamado de integração sensorial. O objetivo da integração sensorial é desafiar a criança de uma maneira divertida e lúdica, para que ela aprenda a responder apropriadamente e a funcionar com mais normalidade.
Um tipo de terapia é chamado de modelo de desenvolvimento, diferença individual, baseado em relacionamento.
Uma parte importante desta terapia é o método de “tempo de chão”. O método envolve várias sessões de jogo com a criança e os pais. As sessões de jogo duram cerca de 20 minutos.
Durante as sessões, os pais são primeiro solicitados a seguir o exemplo da criança, mesmo que o comportamento de brincar não seja típico. Por exemplo, se uma criança está esfregando o mesmo ponto no chão repetidamente, o pai faz o mesmo. Essas ações permitem que os pais “entrem” no mundo da criança.
Segue-se uma segunda fase, em que os pais utilizam as sessões lúdicas para criar desafios à criança. Os desafios ajudam a atrair a criança para o que Greenspan chama de mundo “compartilhado” com os pais. E os desafios criam oportunidades para a criança dominar habilidades importantes em áreas como:
- Relacionar
- comunicar
- Pensar
As sessões são adaptadas às necessidades da criança. Por exemplo, se a criança tende a não reagir ao toque e ao som, os pais precisam ser muito enérgicos durante a segunda fase das sessões de brincadeira. Se a criança tende a reagir exageradamente ao toque e ao som, os pais precisarão ser mais calmantes.
Essas interações ajudarão a criança a seguir em frente e, acreditam os terapeutas, também ajudarão com problemas sensoriais.
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