Segundo o Relatório Global para Prevenção do Suicídio da Organização Mundial da Saúde, de 2014, o único feito até agora sobre este tema, as taxas mais altas de suicídio estão entre as pessoas acima dos 65-70 anos de idade. Ou seja: são justamente os mais velhos que mais chegam às vias de fato, tirando a própria vida. Em segundo lugar estão os adultos com idades entre os 30 a 49 anos. A SBBG informa ainda que 80 por cento dos idosos que cometem suicídio são homens.
Estes dados todos são muito mais do que simplesmente números. Indicam que existe a necessidade urgente de se tomar medidas práticas para atender estes idosos antes que eles se sintam tão pressionados, infelizes, solitários e depressivos que optam por tirar a própria vida.
De acordo com o médico geriatra Ulisses Cunha, a causa mais frequente deste ato desesperado é a depressão não diagnosticada, não tratada ou inadequadamente conduzida. Aproximadamente 70 por cento dos casos de suicídio nesta fase da vida podem ser atribuídos à depressão. As psicoses, demências e abuso de drogas como álcool também são apontadas como causas. Cunha esclarece ainda que em geral os idosos propensos a cometer um ato contra a própria vida dão pistas verbais ou de comportamento.
Existem, também, os suicidas passivo-crônicos, que são aqueles que cometem um suicídio lento, não claramente manifesto. Por exemplo: recusam alimentação, se negam a seguir prescrições médicas, deixam de tomar os remédios e, até mesmo, provocam quedas. O médico afirma que a forma mais eficaz de combater este mal é através do diagnóstico precoce da depressão e o tratamento da doença. E uma boa dose de carinho no tratamento com os idosos ajuda também muito, com certeza.
Fonte: Estúdio DC