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Suicídio e carreira: existe relação entre os dois?

Suicídio e carreira

De acordo com boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde em 2017, todos os anos cerca de 11 mil pessoas tiram sua vida no Brasil. Entre as vítimas, encontram-se trabalhadores de determinadas profissões, o que aponta a existência de uma relação direta entre suicídio e carreira.

E é verdade: o desemprego, a falta de perspectiva e as características comuns a determinadas áreas profissionais podem aumentar as chances de ideação suicida.

Preparamos este post para discutir sobre as carreiras mais propensas ao suicídio. Acompanhe!

Profissionais da saúde

Médicos, dentistas, enfermeiros, terapeutas e outros profissionais da saúde fazem parte do grupo que se mostra com alta tendência ao suicídio.

As jornadas de trabalho exaustivas, acompanhadas pela difícil função de lidar com pacientes enfermos diariamente e pela exposição diária a situações delicadas, favorecem o desenvolvimento do estresse e da depressão — principais fatores que levam um indivíduo a tirar a sua própria vida.

Policiais

A pesquisa Por Que os Policiais Se Matam?, realizada Grupo de Estudo e Pesquisa em Suicídio e Prevenção da Universidade do Estado do Rio de Janeiro com 224 policiais, mostra que 10% dos entrevistados já tentou suicídio, enquanto 22% já cogitou a possibilidade de se suicidar.

Entre os aspectos que justificam os números estão:

  • maus-tratos;
  • quadros depressivos;
  • insatisfação com a profissão;
  • sentimento de desvalorização; e
  • transferência de comportamentos violentos para a família.

Além dessas razões, o fácil acesso constante a armas de fogo também pode ser considerado um fator influente no índice de suicídio entre policiais.

Professores

A maioria dos professores costuma trabalhar em 2 ou mais escolas. Por causa disso, o cansaço é grande. A cobrança de pais, alunos e diretores torna a jornada ainda mais esgotante.

Se o ensino for no setor público, então, a falta de recursos pode ser outro problema, pois a obrigação de atender as demandas e de entregar um bom trabalho (ainda que com poucos artifícios) contribui para o desenvolvimento de ansiedade e estresse — e, consequentemente, da ideação suicida.

Garçons

Muitas vezes, garçons recebem salários baixos e são sobrecarregados de trabalho. Além disso, lidar com pessoas de diferentes personalidades pode não ser fácil, principalmente quando os clientes são rudes e não reconhecem a boa qualidade do trabalho realizado.

Assistentes sociais

Profissionais que trabalham na área do serviço social se deparam com abusos, crises familiares e crianças vítimas de abandono. Isso sem falar que tais trabalhadores estão envolvidos em processos burocráticos que contribuem com o estresse.

Por trabalharem diretamente com a garantia de direitos sociais, os assistentes podem se sentir pressionados e com a sensação de que não oferecem o máximo de si — situação que favorece a depressão.

Como é possível perceber, suicídio e carreira apresentam uma estreita ligação. Por isso, é fundamental que os profissionais contem com acompanhamento psicológico para garantir seu bem-estar mental.

A partir de então, esses trabalhadores podem ter qualidade de vida no âmbito pessoal e profissional e desfrutar da satisfação proporcionada pelo exercício da sua vocação.

Agora que você já conhece a relação entre suicídio e carreira, leia este post para entender como o inverno influencia o humor!

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