Você já ouviu falar da síndrome de becky bloom? Esse é o nome dado ao vício extremo em comprar ou gastar, de modo prejudicial à qualidade de vida. Também chamado de oniomania, o transtorno afeta cerca de 8% da população do mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), e ao contrário do que muitos pensam, não está restrito às mulheres.
O problema vem acompanhado do descontrole nas compras, além de constantes tentativas para justificar a necessidade dos gastos, o que afeta negativamente as condições psicológicas e até financeiras da pessoa.
Para informar você melhor sobre o assunto, a Dra. Luciana Mancini Bari, médica do Hospital Santa Mônica, preparou este post. Continue a leitura e entenda como funciona a Síndrome de Becky Bloom!
O que é compulsão?
A compulsão pode ser entendida como um comportamento em que o indivíduo é levado a ter devido uma coerção interna ou estímulo interno. Assim, divide-se em dois momentos característicos: a satisfação parcial e temporária proporcionada por uma ação e, em seguida, a angústia provocada a partir disso.
Quais as causas da Síndrome de Becky Bloom?
Embora a compulsão por compras não tenha uma causa bem estabelecida, alguns fatores podem contribuir para que a síndrome surja. Por exemplo, a ansiedade, angústia e os medos, sejam eles oriundos de problemas familiares, razões individuais ou questões ligadas ao cotidiano, têm influência direta ou indireta no distúrbio.
Além disso, é possível também que a ação de comprar excessivamente seja como uma válvula escape diante dos conflitos internos e vazio emocional. Entretanto, a sensação de prazer proporcionada após alimentar o vício é momentânea, o que costuma fazer com que em pouco tempo a pessoa queira ter novos gastos para resgatar a satisfação.
Que sintomas são percebidos?
Pessoas que sofrem com a Síndrome de Becky Bloom costumam dar os seguintes sinais:
- buscam pelas compras diante de tristezas e frustrações;
- têm preocupação excessiva em comprar;
- compram itens desnecessários ou em grandes quantidades;
- arrependem-se depois de comprar;
- mentem, escondem e omitem os gastos excessivos.
Como é o tratamento?
Primeiramente, é importante destacar que é preciso reconhecer a compulsão, visto que muitos que sofrem com o problema não conseguem notá-lo ou não admitem, e são vítimas por bastante tempo. A partir daí, o tratamento da oniomania deve envolver o acompanhamento psicológico e psiquiátrico para que profissionais capacitados analisem o caso de forma individualizada e consigam obter resultados positivos que devolverão a qualidade de vida.
Vale ressaltar que a escolha de uma instituição especializada, como o Hospital Santa Mônica, que conta com uma equipe multidisciplinar e têm uma excelente infraestrutura, permitirá o acesso às condições essenciais para restabelecimento da saúde e potencializará os efeitos da terapia.
Além disso, torna-se fundamental também dar atenção aos prejuízos financeiros gerados, para evitar mais danos psicológicos em decorrência da preocupação com possíveis dívidas.
Perceba então que a síndrome de becky bloom não deve ser banalizada e precisa de um tratamento eficaz para impedir grandes consequências na vida de quem sofre com esse transtorno. Trata-se de um vício tão grave quanto o desencadeado pelas substâncias químicas.
E aí, gostou deste post? Então, aproveite para complementar a leitura e saber mais sobre o assunto no vídeo preparado pelo psiquiatra do Hospital Santa Mônica, Claudio Duarte.