A preocupação com a saúde mental é um dos temas que ainda enfrentam resistência, ou até mesmo preconceito, em relação a áreas profissionais e faixas etárias que necessitam de tratamento especializado. É o caso da psiquiatria infantil, um tipo de atendimento complexo, mas essencial para o bem-estar e a qualidade de vida nessa fase do desenvolvimento.
Diante disso, vamos abordar a temática relacionada à saúde mental em crianças e a relevância de um suporte especializado para superar certos desajustes emocionais. Veja, então, quais são os problemas que mais aparecem na infância e adolescência, e como a psiquiatria infantil pode reverter esses quadros. Acompanhe!
Qual é a diferença entre psiquiatra e psicólogo?
Apesar de serem áreas interligadas, a psicologia e a psiquiatria são formações profissionais voltadas para finalidades distintas. Em geral, o psicólogo avalia e trata problemas relacionados a processos mentais e emocionais que afetam o comportamento.
Por outro lado, a psiquiatria é uma especialidade médica centrada no tratamento de problemas psicológicos, mas com foco na parte fisiológica. Ou seja, o médico analisa as alterações estruturais do cérebro que estão provocando os sintomas e modificando o comportamento.
Assim, podemos afirmar que a psicologia analisa o paciente em um contexto emocional e subjetivo. Já a psiquiatria considera as mudanças físicas que ocorreram no cérebro e o quanto elas impactam as alterações comportamentais. Assim, ambas as áreas se complementam, pois o objetivo é trabalhar os desajustes cerebrais e restabelecer o equilíbrio das emoções.
Quando procurar um psiquiatra infantil?
Às vezes, a identificação de problemas psiquiátricos em crianças e adolescentes impõe desafios que vão além daqueles presentes na identificação de transtornos mentais em pessoas adultas. Isso se justifica porque a criança e o adolescente se encontram em um período do desenvolvimento, que pode influenciar comportamentos típicos da idade.
Nesse sentido, seus problemas emocionais tendem a se expressar por meio de comportamentos fora do padrão. Mas isso nem sempre significa que as crianças estejam com algum transtorno mental.
Tendo isso em vista, vamos enumerar alguns problemas psiquiátricos mais comuns nessa faixa etária. Observe quando esses indivíduos podem, realmente, necessitar de apoio profissional!
Depressão infantil
A manifestação das crises de depressão na infância é de difícil identificação, já que os sintomas podem ser confundidos com comportamentos típicos dessa idade. No entanto, os sintomas da depressão em crianças são semelhantes aos do adulto. Por isso, os pais devem estar atentos se perceberem os seguintes sinais:
- a criança se tornou mais quieta, mais desinteressada nas atividades que gostava de fazer e mais volúvel;
- suas emoções oscilam, e ela apresenta um comportamento confuso;
- mostra, com mais frequência, sentimentos de tristeza e ansiedade;
- expressa queixas sobre dores físicas, mas que podem ter relação com o seu estado emocional;
- apresenta alterações nos hábitos alimentares e passa a comer em excesso ou quase não comer.
Outras situações
Embora a depressão seja mais comum, existem outros casos que devem ser avaliados por um especialista, pois também podem indicar a necessidade de internação. Confira quais são:
- transtornos de humor;
- esquizofrenia;
- transtornos de ansiedade;
- Transtornos Obsessivo-Compulsivos (TOC);
- transtornos comportamentais disruptivos;
- transtorno de conduta;
- transtorno desafiador opositivo.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode exigir internação?
Popularmente conhecido como autismo, o Transtorno do Espectro Autista também já foi denominado de Transtorno de Asperger. Esse problema ocorre por uma desordem neurológica caracterizada por alterações nas habilidades comunicacionais, sensoriais e comportamentais.
Contudo, o TEA tem um amplo espectro, o que inclui a possibilidade de o indivíduo apresentar diferentes características dentro desse quadro. Por isso, existem autistas com diversas habilidades, com inteligência normal ou acima da média, enquanto outros apresentam déficit intelectual.
Mas, independentemente do espectro em que a pessoa se encontre, esse transtorno requer o acompanhamento de especialistas em saúde mental. Muito embora não haja necessidade de internação, o acompanhamento ambulatorial é imprescindível ao bom desenvolvimento da criança ou adolescente autista.
Para uma melhor compreensão do tema, destacamos algumas características do autismo. Vale frisar, entretanto, que isso não é regra geral. Como já descrevemos, há vários tipos de autismo, o que pode gerar manifestações distintas quanto ao comportamento. Geralmente, os autistas fazem terapias com psicólogos e, paralelamente, são medicados pelo psiquiatra.
Os sinais que podem indicar a necessidade de avaliação pela psiquiatria infantil são:
- movimentos repetitivos e desenvolvimento de posturas incomuns com as mãos ou com todo o corpo;
- atraso na fala de palavras isoladas ou mesmo de frases simples;
- perda ou regressão de habilidades de linguagem previamente adquiridas;
- expressões faciais, atitudes e gestos que não condizem com a fase do desenvolvimento;
- hábito de realizar gestos repetitivos;
- dificuldade de atender quando são chamados, pois ignoram o interlocutor como se não estivessem ouvindo-o;
- preferência por brinquedos ou objetos giratórios;
- sensibilidade ou intolerância ao barulho, como sons de TV ou mesmo conversas em tons de voz mais altos;
- dificuldade com alimentação, pois a criança prefere comer sempre os mesmos alimentos.
Quais são os diferenciais da estrutura do Hospital Santa Mônica para o atendimento psiquiátrico infantil?
Em crianças e adolescentes a partir dos 8 anos, o tratamento desses transtornos exigem o uso de medicamentos dirigidos por um psiquiatra infantil. As medicações mais empregadas são os antidepressivos e ansiolíticos, pois reduzem a inquietação e a impulsividade, típicas desses quadros.
Em nossa instituição, adotamos metodologias específicas para favorecer a rápida recuperação de nossos pacientes. Além do suporte da equipe multidisciplinar composta por médicos clínicos, psiquiatras, psicólogos e outros, oferecemos os seguintes diferenciais:
- uso de recursos tecnológicos, que podem auxiliar na organização da rotina do paciente;
- Intervenção Assistida por Cães, que ajuda no controle emocional da criança;
- uso de atividades lúdicas e brincadeiras para estimular o desenvolvimento intelectual tanto na infância como na adolescência;
- suporte especializado para os pais, para que possam lidar melhor com esses desafios;
- acompanhamento especializado em todas as etapas do tratamento da depressão infantil e de outros distúrbios;
- infraestrutura com espaço para recreação monitorada por profissionais especializados.
Como você percebeu, a psiquiatria infantil é a especialidade médica que pode fazer a diferença para a reabilitação mental de crianças e adolescentes. Por meio dessa intervenção, é possível reverter os transtornos mais comuns nessa fase e promover a saúde integral desses grupos.
Agora que sabe como funciona a psiquiatria infantil no Hospital Santa Mônica, entre em contato e conheça nossos serviços especializados em saúde mental!