A síndrome da cabana é um distúrbio psicológico que gera muitas controvérsias no meio científico. Os primeiros relatos associados a ela remontam aos anos de 1900, época em que muitos trabalhadores norte-americanos passavam longos períodos em suas cabanas esperando o inverno acabar e, ao fim dessa estação, tinham dificuldade de retornar ao convívio social.
Hoje, sabemos que a pandemia e saúde mental têm relação, e os impactos disso podem ser sentidos em toda população. Mas qual será a ligação entre a pandemia e a síndrome da cabana? Quais são os sintomas e como tratá-la?
Neste post, que contou com a colaboração da dra. Luciana Mancini Bari, médica do Hospital Santa Mônica, além de entender melhor o que é essa síndrome, vamos trazer as respostas para as principais perguntas envolvendo o assunto. Tais informações são fundamentais para entender como a ansiedade e as emoções impactam nossas rotinas neste período tão complexo que estamos vivendo. Acompanhe!
O que é síndrome da cabana?
A síndrome da cabana não é considerada uma doença. Ela se trata de um fenômeno natural do nosso corpo que está relacionado a mudanças bruscas na rotina ou no comportamento.
Tal síndrome surge quando a pessoa precisa se adaptar a uma nova realidade de forma rápida e, geralmente, sem que ela tenha total controle da situação. Ou seja, indivíduo se vê em uma circunstância na qual é obrigado a sair da sua “zona de conforto” de maneira abrupta, adequando-se a um contexto diferente e, muitas vezes, incerto.
Essa transformação causa alterações significativas nas emoções e no modo de agir. Entretanto, a síndrome da cabana não pode ser confundida com problemas como depressão, ansiedade e consumo de álcool ou outras substâncias afins. Por tal razão, sempre que você sentir uma alteração intensa no seu comportamento ou no de pessoas próximas, a recomendação é buscar o suporte de um profissional da saúde.
Apenas uma avaliação médica poderá identificar se você está vivenciando a síndrome da cabana ou se existem outras patologias e diagnósticos associados à sua situação.
Que sintomas estão relacionados à síndrome da cabana?
Alguns especialistas da área de saúde relacionam a síndrome da cabana com a síndrome do pânico. A diferença fundamental é que, na segunda, o indivíduo só se sente seguro isolado, enquanto que, na primeira, é o isolamento que leva a pessoa a ficar angustiada.
Entre os principais sintomas de quem está com síndrome da cabana, alguns chamam mais atenção. A seguir, destacamos os principais relatos vinculados ao problema:
- sentimento de angústia;
- perda ou ganho de apetite;
- inquietação;
- falta de motivação;
- irritabilidade;
- dificuldade de concentração;
- dificuldade para dormir ou excesso de sono;
- desconfiança das pessoas;
- tristeza persistente;
- taquicardia;
- sudorese;
- tontura;
- falta de ar.
Vale destacar que muitos desses sintomas podem indicar outros problemas relacionados à saúde mental. Por isso, é fundamental reconhecer o que você está sentindo e o quanto tais sentimentos estão afetando a sua vida para, então, acionar o suporte de um profissional da área de saúde.
Qual é a relação entre a síndrome da cabana e a pandemia?
A pandemia da Covid-19 pegou todas as pessoas de surpresa. Muito embora circulassem notícias pelo mundo, ninguém imaginou que a situação chegaria a tal ponto.
O isolamento social foi imposto em vários países, e o Brasil foi um deles. Pessoas tiveram de mudar a sua rotina de um dia para o outro, deixando os escritórios e se isolando em suas residências, envoltos de incertezas sobre o que aconteceria a seguir.
O isolamento social gerado pela pandemia trouxe e trará inúmeros efeitos na saúde mental das pessoas. E é justamente a necessidade de ficar em casa, isolado, que gera os principais sintomas associados à síndrome.
Nesse cenário, a síndrome da cabana se manifestará quando a pessoa, mesmo sem uma ameaça próxima ou imediata, já não se sentir segura fora de casa. Ainda protegida ela tem dificuldade de voltar à rotina. Uma angústia e um medo paralisante a impedirão de manter o seu dia a dia, o que intensifica o problema.
Como procurar ajuda?
Se você identificar que os desafios estão sendo complicados demais e simples atividades estão mais difíceis de superar no seu cotidiano, então é hora de buscar a ajuda de uma equipe multidisciplinar.
Além de fazer um diagnóstico adequado, os profissionais vão acompanhar a sua evolução, mostrando como lidar com sentimentos e pensamentos que o paralisam.
O momento é delicado para todas as pessoas, e os efeitos da pandemia ainda devem ser sentidos por um longo período de tempo. Precisamos nos adaptar à realidade que nos foi imposta e estabelecer formas de conviver com a situação.
De que maneira o Hospital Santa Mônica pode ajudar?
O Hospital Santa Mônica oferece um tratamento especializado na área de saúde mental. Além de garantir suporte para pessoas que não estão conseguindo retomar as atividades após o isolamento social, ele também trata de pacientes com problemas psiquiátricos.
Com uma área de 83 mil m², sendo 50 mil m² só de mata nativa preservada, o hospital proporciona cuidados específicos direcionados às particularidades de cada paciente. A instituição possui unidades para internação, dependência química e cuidados agudos em saúde mental.
Com uma história de mais de 51 anos em atividade e prestação de serviços na área da saúde, o hospital atende planos de saúde e clientes particulares.
Todo paciente em tratamento no Hospital Santa Mônica, além do auxílio de um médico psiquiatra especialista, tem acesso ao atendimento de um médico clínico, à farmácia, nutrição, enfermagem e a um apoio de 24 horas.
Como você pôde ver, junto à pandemia vieram muitos desafios, inclusive a síndrome da cabana. Esse é um problema que pode atingir qualquer pessoa, mas é possível de ser tratado. Se você tiver sentimentos paralisantes ou dificuldade de lidar com este momento, busque o apoio de um profissional. Lembre-se de que você não está sozinho!
Quer auxílio para lidar com a síndrome da cabana ou outra situação envolvendo saúde mental ou dependência química? Entre em contato com a nossa equipe e descubra como podemos ajudá-lo.