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Saúde Mental

Insônia e ansiedade: qual relação entre elas?

Dois quadros de adoecimento mental que estão afetando a saúde dos brasileiros, insônia e ansiedade têm uma relação próxima, em que uma é capaz de influenciar, causar, ser confundida ou agravar a outra. 

Logo, entender mais sobre essas doenças pode ajudar a diagnosticá-las e controlá-las com efetividade. Entenda melhor com a Dra. Mayara de Sá Salvato, médica do Hospital Santa Mônica!

Insônia e ansiedade no Brasil

O panorama geral de insônia e ansiedade no Brasil é preocupante. Por um lado, são 73 milhões que sofrem com a primeira, de acordo com a Associação Brasileira do Sono (ABS). Por outro, 9,3% da população tem quadros ansiosos, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Diante desse panorama, cabe perceber que aspectos inerentes aos hábitos culturais e ao contexto socioeconômico estão entre as razões para os dados serem tão alarmantes se comparados a outras regiões do globo.

A digitalização, a alta exposição às telas e os efeitos das redes sociais na saúde mental contribuem para o agravamento dessas enfermidades. Não à toa, há uma piora desses distúrbios no nosso país, que é o segundo que mais usa internet no mundo — com mais de 9 horas diárias —, segundo o Digital 2024: Global Overview Report.

A esse cenário se somam violência, insegurança e desigualdade social. Para se ter uma ideia, uma pesquisa da Quiddity, divulgada pela CNN, mostra que para 47% dos cidadãos da nação, as emoções predominantes em 2023 foram sentimentos de preocupação. O mais citado estava relacionado às finanças, que dominou a mente de 55% dos entrevistados.

Quadros patológicos

Insônia e ansiedade nem sempre são quadros patológicos — que demandam atenção médica. Essa última, por exemplo, é uma reação natural e instintiva a riscos, servindo para facilitar a resposta a eles. Assim, é importante entender quando cada situação passa do limite. Confira!

Insônia

A insônia crônica envolve dificuldades de adormecer ou de seguir dormindo pela noite toda, bem como pode ocorrer pela antecipação indesejada do despertar. Já seus efeitos incluem:

  • cansaço, fadiga e sonolência;
  • problemas cognitivos, principalmente em concentração e memória;
  • alterações comportamentais e de humor.

Entender o quadro é o primeiro passo para saber se e quando procurar um médico. Afinal, são três aspectos que devem ser levados em conta nessa hora: prejuízo, duração e frequência.

Basicamente, é preciso avaliar se as consequências estão causando danos ao funcionamento da pessoa, se a doença dura mais que algumas semanas e se sua manifestação acontece muitas vezes sem ter um evento que a justifique.

Ansiedade

No caso da ansiedade, um quadro generalizado justifica a procura por ajuda médica. Isto é, quando as preocupações são frequentes e intrusivas, sem estar relacionados a situações de real risco. 

Em geral, os prejuízos também são fatores que devem ser considerados, como a dificuldade em manter uma rotina normal, afetando o trabalho, as tarefas diárias ou os relacionamentos.

Relação entre insônia e ansiedade

Ao comparar insônia e ansiedade, é viável perceber suas diferenças. A primeira é caracterizada pela ausência de sono e a segunda por preocupações excessivas atreladas a pensamentos intrusivos. Porém, é inegável que ambos têm pontos em comum.

A começar por afetarem a funcionalidade e a capacidade de realizar tarefas cotidianas. Entretanto, há mais nessa relação entre doenças, à medida que elas atuam como comorbidades: causando ou agravando uma a outra.

Do ponto de vista médico, existem quadros no qual a ansiedade leva a pessoa a ter insônia pensando nas angústias que a afligem. Isso porque é parte da realidade do ansioso não conseguir relaxar ou manter-se em alerta sempre.

Alternativamente, a falta crônica de sono também pode causar crises ansiosas que se tornam um cenário generalizado ou, ao menos, que pioram os sintomas da doença pré-existente.

Controlando os problemas

Em geral, o controle de insônia e ansiedade passa por algumas medidas comportamentais como:

  • ter uma rotina;
  • reduzir o uso de telas e o tempo online;
  • praticar exercícios;
  • manter uma dieta equilibrada;
  • não ingerir alimentos estimulantes.

Além disso, práticas de bem-estar e saúde mental são recomendadas. Para quadros ansiosos, isso inclui a busca por autoconhecimento para entender o que está por trás do problema. Ainda, vale conhecer técnicas de respiração e autoacolhimento, a fim de reagir às crises.

Tais propostas apresentam equivalentes para momentos em que o foco é dormir melhor. Meditação, ioga e outras metodologias de relaxamento são bastante úteis, principalmente se associadas a redução de estímulos nas horas antes de ir para a cama. Outra dica é anotar e refletir sobre o dia a dia. Afinal, esses são meios para processar as informações.

Ainda assim, essas atitudes podem não ser o suficiente nas circunstâncias mais graves dessas doenças, demandando ajuda médica. Saiba mais!

Quando procurar ajuda médica?

Essas medidas são úteis em qualquer estágio de insônia e ansiedade. No entanto, elas somente são suficientes para o enfrentamento de quadros leves. As situações patológicas — crônicas, frequentes, contínuas e com alto prejuízo à rotina —, dependem de ajuda médica para serem superadas.

Nesses casos, a psicoterapia é indicada, requerendo um especialista para desenvolvê-la. Mais que isso, a intervenção medicamentosa pode ser necessária. Logo, a prescrição por um profissional habilitado é imprescindível para que o tratamento seja correto.

Outrossim, a demanda por internações também é parte do conjunto de ações às quais médicos recorrem em momentos de crises, dando a pacientes e seus familiares a segurança de uma instituição preparada para esse atendimento, como o Hospital Santa Mônica.

Qual a importância de buscar ajuda médica?

Pelos impactos que quadros crônicos de insônia e ansiedade apresentam na rotina de quem sofre com esses males, buscar o apoio tanto de profissionais quanto de instituições especializadas é primordial para lidar com a situação. Ainda, trata-se de uma medida para a prevenção do agravamento dessas doenças e de seus efeitos.

Desde um diagnóstico adequado até o tratamento medicamentoso e terapêutico corretos passam por isso, de forma a identificar necessidades individuais de cada paciente com o objetivo de promover sua qualidade de vida.

Apesar de diferentes, insônia e ansiedade são doenças relacionadas que podem agravar uma a outra. Quem desenvolve um ou os dois quadros precisa mudar hábitos e procurar por orientação médica especializada se as crises se mantiverem por muito tempo, com frequência e prejuízos à rotina.

Como o adoecimento mental afeta cada dia mais a população, é preciso entender quais são os quadros mais comuns. Baixe um e-book sobre o assunto e descubra agora!

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