No Brasil, o Dia do Farmacêutico é comemorado em 20 de janeiro, data escolhida em homenagem a esses profissionais pela Associação Brasileira de Farmacêuticos (ABF), desde 1916. Na ocasião, a ABF era a maior entidade representativa da categoria no Brasil. Dada a importância do farmacêutico ao suporte clínico à saúde mental, essa data precisa ser cada vez mais respeitada.
Nessa perspectiva, a proposta desta matéria que contou com a colaboração da farmacêutica responsável do Hospital Santa Mônica, Mônica Breves Baruffaldi Clemonte, é mostrar a importância do farmacêutico nos dias atuais e o papel dele na equipe multidisciplinar em cuidados ao paciente psiquiátrico e dependente químico. Veja como esse profissional de saúde pode contribuir com seus conhecimentos em prol desses pacientes, de forma a agregar valores à uma renomada instituição.
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Dia do Farmacêutico
A definição de uma data especial para comemorar o Dia do Farmacêutico surgiu em um momento em que a ABF tinha bastante prestígio e, ao lado da medicina, a classe farmacêutica experimentou muitos avanços em seu campo de atuação. No entanto, essa escolha foi marcada por conflitos gerados pelas diferentes propostas que surgiram.
O idealizador da homenagem foi o farmacêutico Oto Serpa Grandado, que assumiu a liderança do grupo de profissionais e, em uma breve discussão, alegou a necessidade de definir uma data para a classe, já que muitas outras profissões já tinham seu dia de comemoração. A partir desse questionamento, todos concordaram com a criação do Dia do Farmacêutico.
No entanto, foi somente em 2007 que o Conselho Federal de Farmácia (CFF) reconheceu a data escolhida em 1916. Esse reconhecimento oficial do dia 20 de janeiro para homenagear esses trabalhadores objetiva também dar maior visibilidade à profissão. Sobretudo no campo da psiquiatria, o farmacêutico desempenha um papel singular na reabilitação da saúde desses pacientes.
Atuação do profissional na promoção da saúde mental
Durante muitos anos, pacientes diagnosticados com doença mental sofriam discriminação e preconceito. Havia um forte estigma que atribuía a necessidade de tratamento psiquiátrico apenas a pessoas consideradas “loucas”. Por tal razão, instituições que ofereciam intervenções terapêuticas para doenças mentais se valiam de regras muito rígidas para afastar os pacientes da sociedade.
Nesse contexto, a escolha do Dia do Farmacêutico e o reconhecimento desses profissionais foram determinantes na promoção de um processo de redemocratização do acesso aos tratamentos. Também, aos movimentos que eclodiram na reforma sanitária e em novas formas de encarar a saúde mental.
Consequentemente, houve a mobilização de entidades e a criação de políticas de saúde que objetivavam o aprimoramento da assistência às pessoas portadoras de distúrbios mentais. Assim, a participação do farmacêutico nesses tratamentos possibilitou a reconfiguração de novas práticas, tanto nas instituições hospitalares quanto nos tratamentos domiciliares.
O apoio do farmacêutico nas terapias intervencionistas em saúde mental foi essencial na evolução da reforma psiquiátrica brasileira. Hoje, o farmacêutico trabalha focado na promoção de uma assistência terapêutica mais segura na psiquiatria. O conhecimento da farmacologia das drogas utilizadas para esse fim é essencial, já que a maioria delas pode causar danos irreversíveis ao paciente.
O farmacêutico também é responsável por prestar suporte junto a vigilância sanitária sobre a correta dispensação de entorpecentes e opioides que, em sua maioria, causa dependência química. Em momentos de crise, como a do cenário atual, ele também auxilia na logística da liberação dos medicamentos para não faltar remédios essenciais para a população.
Portanto, o trabalho do farmacêutico é primordial como apoio à equipe médica para indicar as melhores opções de drogas psiquiátricas. Aliado aos profissionais da psiquiatria e da psicologia, o farmacêutico tem participação importante nessa intervenção multidisciplinar.
Importância do tratamento farmacológico em pacientes psiquiátricos
Depois da reforma psiquiátrica da década de 70, o tratamento de doentes mentais passou por gradativas mudanças. Essas transformações influenciaram o modo de olhar para esses pacientes e estimularam o uso de ações terapêuticas mais efetivas, já que as estatísticas são extremamente preocupantes: no planeta, há quase um bilhão de pessoas com transtornos mentais.
Com o desenvolvimento da farmacologia, novas medicações foram disponibilizadas para efetivar o controle dos sintomas desses transtornos. Pacientes que antes ficavam isolados passaram a ter mais contato com outras pessoas. Isso gera uma significativa vantagem, não somente por elevar as chances de melhorar a saúde, como também de fortalecer os laços sociais.
Principalmente durante a internação, a assistência farmacêutica é fundamental para apoiar os demais profissionais em situações emergenciais, como crises de pânico ou em recaídas por abstinência de drogas, ou de álcool. Contar com esses profissionais, para orientar a prescrição de medicação de controle dessas crises, ajuda a evitar possíveis erros de conduta.
Logo, o farmacêutico atua junto ao prescritor numa dispensação correta com avaliação diária de toda terapia farmacológica utilizada. Com isso, ele contribui com a qualidade em medicação e excelência em cuidados, o que reduz os impactos dos desequilíbrios psiquiátricos e favorece o rápido retorno do paciente ao convívio social.
O Hospital Santa Mônica e o suporte à saúde mental
O Hospital Santa Mônica é uma instituição especializada na recuperação da saúde mental de crianças, adolescentes, adultos e idosos. Oferece todos os recursos da psiquiatria moderna, aliados a uma equipe multidisciplinar composta por médicos clínicos, psiquiatras, psicólogos, farmacêuticos, assistentes sociais e outros, alinhados com o que há de melhor na assistência à saúde integral.
Os profissionais são devidamente treinados e preparados para tratar pacientes e promover o bem-estar de suas famílias e amigos. Localizado em uma região privilegiada da capital paulista e com mais de 51 anos de experiência na área de psiquiatria, o Hospital Santa Mônica se tornou referência no atendimento especializado em saúde mental.
Atualmente, a instituição disponibiliza atendimento ambulatorial e internação. Ambos os tratamentos foram adaptados com base nos protocolos sanitários de proteção à saúde de funcionários e pacientes no contexto de pandemia da Covid-19. Além de atendimento para dependentes químicos, prestamos assistência especializada em distúrbios mentais, como depressão, e em doenças senis e degenerativas.
Se você precisa de apoio nesse sentido, busque ajuda o quanto antes, pois o diagnóstico correto e o tratamento precoce são essenciais à recuperação da saúde mental e da qualidade de vida. Além da disponibilidade de outros profissionais, no Hospital Santa Mônica, você pode contar com o suporte farmacêutico durante 24 horas.
Por fim, salientamos que o Hospital Santa Mônica entende a magnitude de sua dor e os preconceitos que ainda prevalecem em torno de um tema tão delicado como as doenças psiquiátricas. Ainda que a criação do Dia do Farmacêutico tenha contribuído tanto para a evolução dos tratamentos, cabe a você a decisão de dar o primeiro passo rumo à recuperação de sua saúde e bem-estar.
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