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Dia do Combate à Infecção Hospitalar: entenda os riscos

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No Brasil, o dia 15 de maio é o Dia do Combate à Infecção Hospitalar. Em 1846, o médico-obstetra Ignaz P. Semmelweis observou que as maternidades em que os obstetras lavavam as mãos antes do parto tinham uma menor taxa de mortalidade materna. A partir do dia 15 de maio daquele ano, o médico defendeu e incorporou a prática da lavagem de mãos como atitude obrigatória para todos os profissionais da saúde que entrassem em enfermarias.

Nessa data, o Ministério da Saúde e os serviços de saúde, especialmente os hospitais, conscientizam a população e os funcionários da área sobre a importância do controle de infecções hospitalares. Atualmente, o termo “infecção hospitalar” foi trocado por “infecção relacionada à assistência”, visto que o segundo é mais abrangente.

Em 2020, essa data ganhou um significado ainda mais importante: o mundo vivenciou um cenário de pandemia devido ao coronavírus. Isso significa que as medidas de proteção e segurança se tornaram ainda mais rigorosas, principalmente em um hospital de saúde mental, como o Hospital Santa Mônica. E, no último dia 5 de maio de 2023, mais de dois anos após o 30 de janeiro de 2020, data que marcou o início da pandemia de Covid-19, a Organização Mundial de Saúde decretou oficialmente o fim da emergência sanitária global.

Neste artigo conversamos sobre o que é o Dia do Combate à Infecção Hospitalar, quais são os riscos em um hospital de saúde mental e o que está sendo feito no Hospital Santa Mônica para resguardar os pacientes e seus familiares. Para elaborá-lo, tivemos a ajuda da Dra. Rebecca Saad, médica infectologista e responsável pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Santa Mônica. Acompanhe!

O Dia do Combate à Infecção Hospitalar

Como falado, atualmente a denominação “infecção hospitalar” foi trocada pelo termo “Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS)”. Assim, é possível abranger não só as ações e os fatos ocorridos no ambiente hospitalar, mas em todas as ocorrências de internação e pós-internação ligadas ao paciente.

Por definição, a infecção hospitalar é caracterizada por qualquer infecção adquirida após a internação do paciente. Isso significa que ela não foi contraída na comunidade, mas dentro do ambiente hospitalar. Os sintomas podem se manifestar durante o período que a pessoa se encontra dentro do estabelecimento ou até mesmo após a alta.

O dia 15 de maio serve para lembrar a todas as Instituições de Saúde a importância das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar. Esse tipo de serviço tem como responsabilidade planejar e implantar ações de biossegurança, ou seja, a adoção de procedimentos e normas que têm como objetivo a manutenção da saúde dos colaboradores, pacientes e seus familiares.

As ações mais importantes nesse contexto são a correta higienização das mãos dos profissionais de saúde, o uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI) — como máscaras, face shields, luvas e aventais —, o controle do uso de antibióticos, bem como a limpeza e desinfecção de objetos e superfícies.

Os riscos de infecção em um hospital de saúde mental

Segundo a Dra. Rebecca, a ação que mais surte efeito na prevenção da infecção hospitalar é a lavagem das mãos: “isso ocorre porque as mãos são a principal via de transmissão de micro-organismos durante a assistência à saúde”. A mão é o principal vetor de infecção tanto hospitalar quanto comunitária.

Essa medida simples e menos dispendiosa, que é feita com água e sabão, pode prevenir a propagação dos germes multirresistentes e das infecções hospitalares.

No contexto da pandemia, toda a população foi orientada a realizar a correta lavagem das mãos. Isso se deu porque o coronavírus não consegue penetrar na pele, mas pode permanecer na superfície, esperando a oportunidade de entrar no organismo por lugares mais vulneráveis, como os olhos, nariz e boca. Ao lavar as mãos, é possível destruir o vírus, já que o sabão solta o vírus da pele e faz com que o seu envelope se dissolva, matando-o.

“A diferença para um hospital de saúde mental é o tipo de paciente que ele abriga. Frequentemente, as doenças psiquiátricas que acometem os pacientes internados nessa instituição tornam os hábitos de higiene inadequados e mais escassos, o que pode contribuir para a disseminação de infecções”, afirma a Dra. Rebecca Saad.

Com os cuidados redobrados da equipe, no entanto, é possível contornar a situação. No Hospital Santa Mônica há pouquíssimos casos de infecção relacionada à assistência, pois a política de cuidados é seguida com rigor.

As medidas de segurança tomadas pelo Hospital Santa Mônica

Em um hospital psiquiátrico, as infecções relacionadas à assistência mais comuns são a pneumonia e a infecção do trato urinário, principalmente em pacientes acamados, assim como a gastroenterite e a escabiose. Nesse contexto, as medidas de segurança incluem a rápida detecção e o tratamento dos quadros clínicos, assim como medidas de prevenção para evitar o seu surgimento, como:

  • Realizar sempre a higienização das mãos tanto com água e sabão quanto com solução alcoólicas, os funcionários devem obedecer a paramentação correta em casos de isolamento (avental, máscaras faciais, luvas….), visto que eles são responsáveis pelo cuidado cuidado seguro.

Em relação à pandemia do coronavírus, o Hospital Santa Mônica tomou algumas medidas específicas. Desde o início da pandemia como a criação de um comitê de crise multiprofissional liderados por nossa infectologista dra. Rebecca Saad,  denominado Comitê de Prevenção e Combate ao Covid 19. Esse comitê se reune semanalmente e discute estratégias para reduzir o risco da circulação do vírus, ações tais como suspensão de visitas, ligações com vídeo que chamada semanal para familiares no intuito de reduzir o risco de familiares e amigos levarem o vírus para dentro do estabelecimento hospitalar.

Outra estratégia importante foi fortalecer a investigação do vírus na admissão do paciente, ao ser internado o paciente é avaliado o contexto de risco de exposição e pacientes com score eleveado são encaminhados para a quarentena e é realizada a coleta do de exame específico no 3o dia.

O diagnóstico laboratorial específico para Coronavírus inclui as seguintes técnicas: Detecção do genoma viral por meio das técnicas de RT-PCR em tempo real. De uma forma geral o espécime preferencial para o diagnóstico laboratorial é a secreção da nasofaringe (SNF). O PCR deve ser coletado preferencialmente entre o 3º e o 7º dia de sintomas.

No Hospital Santa Mônica, todo paciente, no momento da internação, foi triado pelo clínico de plantão, que  aplicou o questionário de Classificação de Risco para Covid-19 na admissão de pacientes e encamihado ao setor adequado. Todo paciente admitido na instituição foi classificado como baixo risco, será encaminhado ao setor pertinente. Caso apresente sintomas respiratórios, o mesmo será encamingafo para o isolamento e o exame será coletado no 3 dia a contar da data dos primeiros sintomas.

Com essas medidas é possível controlar a disseminação do vírus dentro do hospital de saúde mental.

Para conscientizar os pacientes, a Dra. Rebecca instruiu a sua equipe a realizar palestras de orientação sobre a importância da higiene das mãos e de manter o distanciamento, evitando o contato físico. Além disso, a médica frisa que as oficinas que antes eram realizadas com muitas pessoas tiveram o seu número de alunos reduzidos, a fim de evitar a aglomeração em sala de aula.

Entendeu como é possível combater a infecção relacionada à assistência, inclusive em hospitais de saúde mental? O Hospital Santa Mônica leva o Dia do Combate à Infecção Hospitalar a sério, e aproveita para reforçar as medidas de segurança durante todo o ano.

O Hospital Santa Mônica dispõe de uma área de 83 mil m², sendo 50 mil m² de mata nativa preservada e o restante de instalações confortáveis para pacientes com doenças mentais agudas e dependentes químicos. Entre em contato conosco e saiba mais!

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