Curso prepara profissionais para atuarem em terapia com dependentes químicos

Preparar e instrumentalizar profissionais para atuar como acompanhante terapêutico (at) para pessoas em tratamento de dependência química é o foco do Curso de Capacitação em Acompanhamento Terapêutico e as Dependências Químicas, oferecido pela consultoria Comviver em parceria com o Núcleo Távola, em Ribeirão Preto.

O curso, pioneiro no tema na cidade de Ribeirão, marca a inauguração do Departamento de Acompanhamento Terapêutico no Núcleo Távola. A duração é de 80 horas e as aulas terão início no dia 18 de maio de 2013. A aula inaugural será também uma palestra aberta ao público: ” As dependências químicas como problema emergente na saúde pública”, ministrada pelo Dr. Erikson Felipe Furtado – professor de Psiquiatria da Infância e Adolescência, da Divisão de Psiquiatria do Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento da FMRP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto) da USP.

O curso é coordenado pela Dra. Ana Celeste Pitiá, especialista no tema desde 1996. Além da coordenadora desse Curso, ministrarão as aulas professores convidados especialistas no campo do Acompanhamento Terapêutico e nas dependências químicas. Os módulos e as aulas podem ser realizados independentes, ao lado da turma que estiver realizando a capacitação completa, permitindo aos interessados uma aproximação ao tema, a partir da realização de apenas um módulo ou aula.

Para que o profissional tenha uma formação completa e queira se dedicar ao trabalho como acompanhante terapêutico (at), o curso prevê a realização de 40 horas de estágio supervisionado, após encerramento das 80hs da capacitação inicial. O curso é voltado para profissionais das áreas de saúde, educação, serviço social, e setores que, potencialmente, estabelecem relação com os serviços de saúde. Além de estudantes universitários que estejam em período profissionalizante.

Acompanhamento Terapêutico – o que é?

O Acompanhamento Terapêutico é uma opção de tratamento às pessoas que se encontram em um momento de intenso sofrimento psíquico, comprometendo a capacidade subjetiva das pessoas em lidarem com os seus projetos de vida.

O trabalho é realizado por profissionais capacitados que acompanham o paciente nas mais diversas tarefas e atividades diárias, possibilitando-lhe lidar com as questões conflitantes, emergentes destas atividades. É uma modalidade de intervenção e uma opção de tratamento que tem como objetivo viabilizar a ressocialização de pessoas que estejam passando por dificuldades emocionais extremas e que, por esse motivo, estão excluídas do seu próprio circuito social. O acompanhado é estimulado a participar e conviver na sociedade que circula, possibilitando-lhe lidar com as questões conflitantes, emergentes destas atividades e assim, buscando uma melhor qualidade de vida.

O acompanhante terapêutico – o at – trabalhará em conjunto com outros profissionais que estejam envolvidos no tratamento, colaborando com o Projeto de Atenção Psicossocial (PAP) que será traçado voltado às singularidades do(s) acompanhado(s).