Um estudo publicado nest ano pelo periódico The Lancet revelou, após análise global, que não existe um nível seguro para o consumo de álcool. Adotadas em reuniões sociais e utilizadas cada vez mais cedo por crianças e jovens, as bebidas alcoólicas comprometem o desenvolvimento e podem gerar riscos para a saúde.
Os resultados se justificam pelo fato de que qualquer quantidade de álcool no sangue é capaz de alterar o raciocínio e a personalidade de alguém. A mudança e a gravidade do impacto, ao fim, dependem de cada pessoa, de seu padrão de consumo, dos efeitos bioquímicos sobre o organismo e do nível de intoxicação.
Para saber mais sobre os riscos do consumo de álcool, continue a leitura!
Os riscos do álcool para crianças e jovens
O aumento do consumo alcoólico tem preocupado especialmente a comunidade da saúde nos casos de menores de idade. Bastante influenciados por seu convívio social, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), mais de 43% dos jovens de 13 a 17 anos afirmam que seus amigos fazem uso de bebidas alcoólicas.
Hábitos prejudiciais que se iniciam de forma precoce têm grande risco de serem adotados ao longo da vida. Sendo assim, a recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria para o combate do uso precoce dessa e de outras drogas, além de evitar a glamorização da bebida em eventos sociais é sempre alertar sobre os problemas que podem causar à qualidade de vida. Um papel que cabe à família e à escola.
Males causados pelo álcool
Incentivado desde cedo em festas e reuniões sociais, o consumo alcoólico pode causar esofagites, úlcera, problemas hepáticos e dependência química.
Quando a substância entra no organismo, as respostas aos estímulos são reduzidas, fazendo com que a fala se arraste e, aos poucos, a consciência seja alterada. Não à toa, estima-se que o corpo leve até 24 horas para eliminar completamente o que foi consumido, causando posteriormente desidratação, sintomas de desequilíbrio gastrintestinal e dores de cabeça.
Tratamento para dependência alcoólica
Problemas como ansiedade e oscilações na saúde mental podem levar um indivíduo a criar um hábito intenso e problemático em relação ao consumo de álcool, como forma de aliviar dores relacionadas a outros aspectos de sua vida.
Para identificar sintomas de dependência, é necessário, primeiramente, ter atenção a oscilações de comportamento repentinas, como agressividade, introspecção e tristeza excessiva.
No caso do álcool, o consumo exagerado em ocasiões nas quais há grande quantidade da substância é uma forte evidência. Além dela, a dificuldade de permanecer quaisquer dias da semana sem estar sob seu efeito revela uma sensação de necessidade.
Embora possa ser difícil no início, em função dos sintomas da abstinência, tais quais o desânimo e a raiva, o tratamento de uma dependência alcoólica é a solução para frear os problemas que pode causar a longo prazo.
Com equipe médica multidisciplinar, auxílio psicológico e incentivo à adoção de novos hábitos, como bons padrões alimentares e prática regular de atividades físicas, é possível reverter o quadro e evitar o consumo de álcool. Assim, o indivíduo renova sua confiança, autoestima e volta a se sentir mais feliz com outras práticas que não envolvam associação à bebida.
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