Com o objetivo de levantar discussões acerca da dependência química e do relacionamento familiar, teve início nesta quinta-feira (16), no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Maceió, a 11ª edição do Congresso de Amor-Exigente. O evento, que é uma iniciativa da Associação de Amor-Exigente de Alagoas (AME/AL) e da Federação de Amor-Exigente (FEAE), foi extendido até o domingo (18).
Além de receber participantes de Alagoas e de outros estados brasileiros, nesta edição o Congresso de Amor-Exigente também atende pessoas que moram em outros países como Argentina, Uruguai e Estados Unidos. Durante os quatro dias foram realizados diversos debates entre especialistas, pesquisadores, dependentes e codependentes sobre essa a temática da dependência química, um problema que atinge cerca de 25 milhões de brasileiros.
Maceió é a primeira capital do Nordeste escolhida para sediar esse Congresso que recebe uma média de 1.200 pessoas por dia. Além das palestras, oficinas e debates, durante o horário da noite, o público tem a oportunidade de acompanhar apresentações artísticas.
Maceió foi a primeira capital do Nordeste escolhida para sediar esse Congresso que recebeu uma média de 1.200 pessoas por dia. Além das palestras, oficinas e debates, durante o horário da noite, o público teve a oportunidade de acompanhar apresentações artísticas.
De acordo com a voluntária Nara Magalhães, que também faz parte da organização do evento, Maceió foi a capital escolhida porque possui todos os critérios necessários para a realização de um evento desse porte. “É a primeira vez que o Nordeste recebe uma edição do Congresso de Amor-Exigente. Escolhemos Maceió porque, além de a cidade ter capacidade para lidar com um evento desse tamanho, queremos divulgar e incentivar a criação de novos grupos nessa região”, declarou.
Para a colaboradora Cristina, que veio da cidade de Maringá, localizada no estado do Paraná, prestigiar pela quarta vez uma edição do Congresso de Amor-Exigente, as trocas de experiência vivenciadas nos debates foram extremamente importantes para a superação do seu problema.
“Conheci esse trabalho através da dependência do meu filho. Considero que a minha participação no grupo foi importante porque, além de contribuir com a recuperação do meu filho, ele ajudou na forma como a minha família lidou com essa situação”, ressaltou.
“Embora o meu filho já tenha passado por uma recaída, há 6 anos ele não usa mais drogas e está, inclusive, concluindo um curso superior em Engenharia Mecatrônica com expectativas para o mercado de trabalho”, complementou.
Para Dimas Pinto da Silva, que há 15 anos se vê livre da dependência química, o grupo de discussão contribuiu significativamente com a superação do seu vício. “Foi como me ver resgatado. Recuperei a vontade de viver, meus princípios, a disciplina e o equilíbrio. Foi a alternativa que eu encontrei para superar o alcoolismo. Posso dizer com segurança que mudei de vida”, enfatizou.