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Ciências Cognitivas: entenda como funcionam e sua importância

Ciências cognitivas

É natural do ser humano buscar explicações para aquilo que ele não conhece. Atualmente, sabemos por que há o dia e a noite, como a chuva é formada ou quando surgiram os primeiros seres vivos. No entanto, ainda não temos pleno entendimento sobre o funcionamento da mente e como ela se relaciona com o cérebro — mas contamos com as Ciências Cognitivas para obter essas respostas.

O cognitivismo é uma escola de pensamento que despontou a partir da década de 1960. Sua formação foi influenciada pela limitação do behaviorismo, pelo aparecimento da Inteligência Artificial e pela introdução de ideias revolucionárias no campo da linguística. Atualmente, as Ciências Cognitivas são relevantes para todas as áreas que, de alguma forma, se relacionam com o estudo da mente.

Que tal se aprofundar mais nesse assunto? Então continue a leitura deste artigo!

Quais são as áreas que formam as Ciências Cognitivas?

O cognitivismo busca compreender a percepção, transformação, armazenamento, recuperação e utilização das informações bem como essas ações são representadas.

Para isso, as Ciências Cognitivas reúnem um conjunto de esforços interdisciplinares que procuram explicar os processos humanos sem desconsiderar a relevância dos fatores emocionais que são próprios de cada indivíduo.

Conheça, agora, as disciplinas que compõem esse ramo do conhecimento.

Neurociência

A Neurociência Cognitiva tem como foco entender como as experiências percebidas ao longo da vida por meio dos 5 sentidos são processadas pelo cérebro e transformadas em conhecimento. Com isso, ela busca compreender como o sistema nervoso central funciona e identificar maneiras de agir sobre ele.

A ciência já sabe que o nosso cérebro é dotado de neuroplasticidade, ou seja, é capaz de reestruturar as conexões neurais. Com isso, novas técnicas de reprogramação mental vêm surgindo com frequência, fazendo com que seja possível transformar nossa realidade subjetiva para que ela se assemelhe à realidade objetiva.

Psicologia

A Psicologia Cognitiva busca avaliar o comportamento humano tendo como base aspectos que não são observáveis. Com isso, ela avalia as ideias que surgem na cabeça do paciente e quais respostas emocionais e comportamentais são desencadeadas.

Tais pensamentos não correspondem necessariamente à realidade objetiva. A função da terapia cognitiva é fazer o paciente questionar suas próprias crenças para, então, reformulá-las de forma mais fiel ao que realmente aconteceu.

Linguística

Em vez de priorizar a gramática ou a descrição da língua, a Linguística Cognitiva se baseia na semântica e nos significados, focando em uma abordagem que valoriza a percepção humana.

Dessa forma, a linguagem não é vista como uma entidade autônoma, mas sim como uma manifestação que inclui experiências culturais, sociais e individuais. Ela é ainda uma parte da cognição e está amplamente aberta à interdisciplinaridade com outras Ciências Cognitivas.

Filosofia

A filosofia da mente se ocupa, entre outras coisas, com a relação entre o corpo (uma entidade física) e a mente (uma entidade não física). Afinal, embora os fenômenos mentais não possam ser observados, eles estão de alguma forma conectados ao cérebro.

Os filósofos que atuam nessa área buscam esclarecer algumas questões, tais como:

  • Qual é a diferença entre a mente e os objetos que podemos tocar?
  • Qual é a natureza do pensamento? Será ele imortal e eterno?
  • A mente e o cérebro são uma única coisa?
  • A distinção entre espírito e matéria é apenas uma ilusão?

Inteligência Artificial

Sistemas capazes de aprender: essa é a base da Inteligência Artificial Cognitiva. A partir da experiência adquirida, os sistemas poderiam fazer deduções e ampliar seus conhecimentos, tornando-se capazes de identificar padrões e prever problemas.

Para isso, são usados algoritmos criados de forma a “imitar” as conexões entre os neurônios, formando redes neurais artificiais. Os modelos demandam uma grande capacidade de processamento computacional e a organização de uma enorme quantidade de dados.

Quais são as distorções cognitivas mais típicas?

O modelo cognitivo parte do princípio que uma pessoa se sente de acordo com aquilo que ela pensa. Assim, não importa a situação pela qual está passando, mas sim a forma como ela interpreta os fatos.

Sabe aquela história do copo meio cheio? Enquanto alguns ficarão felizes porque ainda há um pouco de água, outros ficarão tristes pois não há líquido suficiente. Dessa maneira, o mesmo evento pode desencadear reações diferentes conforme o ponto de vista de quem o está vivenciando.

Continue a leitura para saber um pouco mais sobre as principais distorções cognitivas.

Personalização

A pessoa se sente responsável por todos os acontecimentos, inclusive por aqueles em que não participou. A personalização, por exemplo, ocorre quando o pai ou a mãe se culpa pelo fracasso do filho em uma prova ou quando um amigo se considera culpado pela tristeza do outro sem ao mesmo considerar outras explicações.

Filtro negativo

Quando você faz uma prova com 10 questões e acerta 9, o que é mais importante? Todas as que você acertou ou aquela única que você errou? Para quem sofre com esse tipo de distorção, o negativo se sobressai, enquanto os fatores positivos são esquecidos.

Generalização

Trata-se de uma conduta que assume que o resultado de um episódio será aplicado a todos os outros que ainda estão por vir. Assim, ao fracassar em um trabalho, por exemplo, a pessoa acredita que também fracassará em todos os demais. Quem sofre com esse transtorno usa demasiadamente os termos “sempre”, “nunca”, “nenhum” e “todos”.

Rotulação

Usar rótulos pejorativos para definir a si mesmo, assim é a rotulação. Nela, os atos e características não são descritos com exatidão, mas sim por meio de clichês ou estereótipos negativos. Assim, o indivíduo se acha um fracasso, um inútil ou um desajeitado e acredita que não pode se livrar desses chavões.

Como se aprofundar no estudo das Ciências Cognitivas?

As especializações em Ciências Cognitivas são ótimas oportunidades para psicólogos, médicos, enfermeiros, nutricionistas e demais profissionais da área da saúde, educação e serviço social que buscam conhecer com mais profundidade o funcionamento da mente humana.

Em qualquer área, manter-se atualizado é uma vantagem competitiva e permite melhorar continuamente a atuação profissional. Os cursos em nível de pós-graduação oferecem um conjunto de conhecimentos voltado para a promoção do bem-estar e da saúde, potencializando os resultados obtidos com as intervenções propostas, independentemente do campo de atuação.

Ao buscar uma instituição para cursar a especialização em Ciências Cognitivas, dê preferência àquelas que contam com uma trajetória sólida no mercado, e cujo corpo docente seja formado por mestres e doutores em cognitivismo. Dessa forma, você se certifica de que receberá os conteúdos mais atuais que existem.

Pronto! Agora você já sabe como funcionam as Ciências Cognitivas, a que situações elas podem ser aplicadas e como se especializar nesse assunto. Aprofundar-se nesse tema é uma ótima forma de entender e atender melhor seus pacientes, promovendo a qualidade de vida e, ainda, alavancando sua carreira.

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