Não aceitamos pacientes do SUS. Cobertura de planos de saúde apenas para internações. Consultas são somente particulares no Centro de Cuidados em Saúde Mental do HSM, unidade externa localizada na Praça da Árvore, em São Paulo.

Ideação Suicída Psiquiatria

Entenda como enfrentar a dor do luto por suicídio

Como enfrentar a dor do suicídio

Muitas vezes, a dor do luto por suicídio se configura como uma sensação de vazio e perda intermináveis. Isso acontece porque os sentimentos se confundem devido ao misto de saudade, lembranças, tristeza e indignação que pode se estabelecer no núcleo familiar e social da pessoa após o suicídio.

Embora as taxas de suicídio da Organização Mundial de Saúde não sejam muito fidedignas, estima-se que cerca de 800 mil pessoas retiram a própria vida por ano. Esse número corresponde a 1,4% das mortes em todo o mundo, sendo que uma parcela significativa (78%) é notificada em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento.

Sabemos que esse assunto é muito delicado. No entanto, é necessário discuti-lo para que as pessoas possam encontrar meios de enfrentar o sofrimento causado pelo suicídio. Então, continue a leitura e entenda mais sobre como lidar com essa dor.

O reflexo do sofrimento no núcleo familiar e social

É difícil imaginar que algum ente querido considera dar fim à própria vida. Na maioria das vezes em que isso acontece, é um fato inesperado, sendo difícil entender os motivos ou razões de tal atitude.

Dentro desse contexto, o que se observa é uma situação um tanto quanto paradoxal: a presença da ausência de quem se foi. A dor do luto por suicídio gera um sofrimento nos familiares e pessoas queridas apresentando um caráter complexo, fazendo com que a aceitação seja um processo árduo.

Assim, o acontecimento traumático pode deixar dúvidas nos pensamentos dos sobreviventes (pessoas próximas à vítima do suicídio), que ficam imaginando se poderiam ter auxiliado na prevenção do óbito.

Sentimentos como tristeza profunda, culpa, remorso, raiva e indignação podem tomar conta desses sobreviventes, afetando profundamente o quadro psicológico e emocional. Portanto, é preciso entender como enfrentar a dor do luto por suicídio e, por mais difícil que seja, buscar alternativas de como seguir o caminho de maneira mais serena.

A importância da ajuda especializada

O suicídio ainda é um assunto configurado como tabu e, mesmo em situações que requerem uma discussão em torno do assunto, a sociedade não aborda de forma explícita as medidas preventivas ou assistenciais após o ato repentino e violento.

Desse modo, é fundamental que os sobreviventes abandonem o medo de falar sobre o assunto e busquem auxílio especializado. Profissionais como psicólogos, psiquiatras e terapeutas devem ser considerados e escolhidos de acordo com a condição emocional de cada pessoa.

O papel dos grupos de apoio

Além dos profissionais, grupos de apoio com indivíduos que passaram ou estão passando pela mesma situação também são uma ótima alternativa. Compartilhar o sofrimento com outros sobreviventes cria empatia e sensação de acolhimento, pois é possível ter contato com semelhanças de comportamento e experiências.

Ademais, nesses grupos, é possível que os familiares e amigos sintam mais liberdade para falar e expressar seus sentimentos sobre um assunto tão delicado e polêmico. O auxílio é mútuo — cada um consegue enxergar no outro a presença de emoções e pensamentos tão confusos, o que ajuda na compreensão da própria dor.

Como podemos ver, a dor do luto por suicídio pode gerar consequências emocionais e sociais consideráveis no núcleo familiar e social dos sobreviventes. Assim, a assistência profissional e social é imprescindível tanto para amparar quanto para ressignificar a dor pela perda do ente querido.

Se você se interessou pelo conteúdo do artigo e gostaria de saber mais sobre questões de saúde mental e aspectos relacionados ao suicídio, assine nossa newsletter!

gradient
Cadastre-se e receba nossa newsletter