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Saúde Mental

Depressão psicótica: principais sintomas e tratamento

Também conhecida como psicose depressiva, a depressão psicótica é considerada uma das formas mais graves de depressão. No âmbito geral, a Organização Mundial de Saúde faz um importante alerta: apenas 3% das pessoas dos países subdesenvolvidos recebem tratamento para a depressão.

Mediante isso, a Dra. Mayara de Sá Salvato, médica do Hospital Santa Mônica, irá apresentar valiosas informações sobre a depressão psicótica, suas causas, sintomas e os riscos que esse transtorno representa. Veja, também, como preveni-lo e quais são as melhores intervenções para restabelecer a saúde de quem enfrentar tais desafios. Acompanhe!

Afinal, o que é depressão psicótica?

Como existem diversas formas de depressão, a psicótica é uma delas. Na verdade, todos os tipos de depressão apresentam algumas características em comum. Contudo, há variações específicas na manifestação de alguns transtornos. Assim, tais especificidades são os diferenciais que ajudam a distinguir as mais diversas formas da doença.

Em linhas gerais, as características da depressão psicótica não são muito diferentes de outros distúrbios. No entanto, os sinais mais claros são a presença de delírios e alucinações, que surgem em conjunto com os demais sintomas das crises depressivas.

Para melhor compreensão do tema, convém diferenciar dois termos muito utilizados nesse quadro. As alucinações são fenômenos associados à crises internas, criados pela própria mente. Por sua vez, os delírios surgem por influência de algum estímulo externo. Logo, o tipo de estímulo determina cada tipo de evento.

O que causa a depressão psicótica?

Mesmo que haja alguns indicativos, ainda não se consegue apontar, com propriedade, quais as razões que levam ao desenvolvimento da depressão psicótica. Contudo, estima-se que haja a predominância de fatores de ordem genética, familiar, ambiental e biológica. Também há evidências da influência de características ligadas à personalidade do indivíduo.

Considerando que essas crises têm influência de outras condições psíquicas — como a bipolaridade — os seguintes pontos devem ser considerados:

  • quando somada a outros fatores, a herança genética eleva a chance desses distúrbios;
  • indivíduos com experiências traumáticas na infância apresentam maior tendência à depressão e ansiedade;
  • o perfil sociopsicológico também pode ser um gatilho para a evolução das crises depressivas;
  • o ambiente familiar e social pode ser um fator de proteção ou de risco para os transtornos mentais;
  • o apoio dos familiares é uma importante ferramenta para reduzir os impactos de problemas dessa natureza.

Como reconhecer os sintomas da depressão psicótica?

Conhecer os sinais e sintomas de depressão psicótica é imprescindível para buscar ajuda médica o quanto antes. Tendo em vista a complexidade desse quadro, é necessário um mínimo de conhecimento sobre os sintomas e manifestações desse problema.

Nesse sentido, os principais sintomas da depressão psicótica são:

  • episódios recorrentes de tristeza profunda;
  • alteração de humor;
  • falta de interesse em atividades antes prazerosas;
  • baixos níveis de disposição mental e física;
  • queda na atenção e na concentração;
  • transtornos do sono;
  • sensíveis alterações no apetite ou no peso;
  • ideações suicidas;
  • episódios recorrentes de delírios e alucinações.

Quais os principais tipos de delírios?

Nessa perspectiva, o paciente pode apresentar diferentes tipos de delírios, acompanhados ou não de alucinações. Confira os mais comuns! 

Alucinações auditivas

O indivíduo alega ouvir sons inexistentes. Nesses casos, nem sempre são vozes com comandos, mas pode acontecer relatos de ouvir conversas de outras pessoas e interagir com elas, mesmo quando está sozinho.

Alucinação visual

Nessa condição, a pessoa enxerga algo somente com a mente. Ou seja, ela vê o que não existe. Porém, esse tipo de alucinação também pode ocorrer em outros distúrbios, tais como na demência, esquizofrenia e em casos graves de dependência química.

Alucinação olfativa

Essa forma de alucinação está relacionada a relatos de percepção de odores desagradáveis, mas que não existem. As principais referências são fezes, urina, vômito e animais em estado de putrefação. Essa condição é chamada de fantosmia e se caracteriza pela percepção de odores, mesmo sem qualquer estímulo.

É possível prevenir esse tipo de depressão?

Neste quadro, há influência de eventos ligados à psicose, que pode ser definida como uma condição que afeta a estabilidade mental do indivíduo. Assim, na depressão psicótica, a pessoa pode apresentar fuga da realidade e vivenciar situações criadas dentro da mente.

Por se tratar de um distúrbio multicausal, e que pode apresentar características de outras doenças psiquiátricas, as medidas de prevenção não são muito específicas. Por isso, os principais cuidados que podem diminuir o risco para essas crises são:

  • manter um cronograma regular de visitas ao médico;
  • evitar conflitos familiares, sociais ou no trabalho;
  • priorizar um estilo de vida saudável, longe do álcool e do cigarro;
  • evitar o uso de substâncias entorpecentes;
  • fazer atividade física regularmente;
  • dormir bem.   

Como é feito o diagnóstico da depressão psicótica?

O diagnóstico desse tipo de depressão, caracterizado por sintomas associados a eventos psicóticos requer uma avaliação diagnóstica criteriosa. Somente o psiquiatra ou psicólogo pode realizar essa análise. Dependendo do caso, pode ser preciso uma avaliação de uma equipe interdisciplinar, envolvendo outros profissionais de saúde.

O profissional responsável poderá analisar o histórico de saúde da pessoa, assim como aspectos referentes às suas relações familiares e sociais. Tais fatores ajudam a compreender a dimensão do quadro e a encontrar soluções mais eficazes.

Além dessa análise, também poderá ser necessário alguns exames específicos. Nesses casos, a participação de um neurologista na avaliação diagnóstica pode ser importante. Assim como os exames, a intervenção multidisciplinar pode ser fundamental para a elaboração de um diagnóstico mais confiável.

Como o Hospital Santa Mônica pode ajudar?

O tratamento é à base de medicamentos e de acompanhamento psiquiátrico e psicológico. Nossa proposta é promover condições para restabelecer o equilíbrio emocional e a saúde integral do paciente. Mesmo sob tratamento, há melhoria da qualidade de vida e retorno às atividades de rotina.

Para tanto, o HSM disponibiliza os seguintes recursos para um tratamento mais eficaz:

  • infraestrutura completa para tratamento clínico ambulatorial e internação hospitalar, se for o caso;
  • convênios com diferentes parceiros da área de saúde;
  • profissionais capacitados tecnicamente e experientes;
  • espaço físico adequado para recreação e integração dos pacientes;
  • acompanhamento integral e monitoramento completo da evolução do paciente.

Vale destacar, ainda, que o HSM tem mais de 50 anos de experiência em reabilitação da saúde mental. Logo, temos toda a expertise necessária para cuidar desses casos. Adotamos condutas e procedimentos focados na melhoria da qualidade de vida do paciente que enfrenta os desafios da depressão psicótica ou de outros transtornos mentais.

Precisa de ajuda nesse sentido? Entre em contato com o Hospital Santa Mônica e agende uma visita!

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