Entender se o alcoolismo é genético ou não pode ser o caminho para ajudar muitas pessoas que enfrentam a dependência, principalmente quando há dúvidas sobre quando é hora de procurar ajuda. Nesse contexto, a relação entre a genética e álcool deve ser avaliada sob o ponto de vista científico, para que as condutas de intervenção sejam escolhidas adequadamente.
Reunimos informações importantes sobre o que é o alcoolismo e as principais características da doença. Além disso, apontamos o que dizem as pesquisas quanto à influência genética na dependência do álcool.
Continue a leitura do post, saiba como proceder nesses casos e veja a importância de contar com uma instituição especializada na hora de escolher o tratamento ideal.
O que é o alcoolismo?
O alcoolismo está classificado entre as doenças crônicas mais preocupantes e que mais desafiam a saúde pública. Quem enfrenta a dependência do álcool tem problemas ligados a diversas áreas da vida. No âmbito familiar, no afetivo e no profissional, o alcoolismo representa dificuldades que envolvem questões ligadas ao comportamento e à saúde mental.
Um dos problemas que mais contribuem para o alcoolismo é que o consumo desse tipo de bebida é socialmente aceitável. Contextualmente, fica mais difícil estabelecer um limite entre o uso casual e a dependência. O exemplo de familiares e de amigos também é um fator determinante e que pode influenciar a decisão de começar a beber cada vez mais cedo.
Isso acontece porque é a herança genética que determina os traços humanos de todos os seres. Esse processo funciona para todas as características físicas ou comportamentais, sejam elas boas ou ruins. Tanto os aspectos ligados à inteligência quanto aqueles relacionados ao consumo abusivo de álcool ou de drogas podem ser herdados dos pais.
O vício em álcool também gera prejuízos nas relações sociais e no que se refere ao impacto relacionado ao absenteísmo. A pessoa que se torna dependente de bebida alcoólica está mais propensa a se ausentar do trabalho e a se envolver em conflitos familiares. Isso compromete a estabilidade profissional e a torna mais vulnerável ao desemprego e à pobreza, entre outras questões de ordem social.
O alcoolismo é genético?
Um estudo recente feito por pesquisadores de Nova Iorque, nos Estados Unidos, confirmou a hipótese de que as pessoas que consomem álcool frequentemente podem ter, realmente, uma predisposição genética. A pesquisa aponta que a tendência ao alcoolismo pode chegar a 50% nos filhos de pais alcoólatras.
A carga genética desempenha um papel fundamental em vários aspectos da vida dos seres humanos. Os genes exercem influências físicas, comportamentais, psíquicas e muitas outras que são recebidas dos seus ancestrais e passadas de geração para geração.
Essa cadeia de transmissão hereditária é tão perfeita que, se não fosse a variabilidade genética (a combinação de diferentes genes), provavelmente a raça humana já teria sido extinta.
Essa combinação genética funciona como um fator de proteção: na maioria das vezes, evita-se a transmissão de doenças crônicas e de características muito prejudiciais aos organismos.
Na hora da fecundação do óvulo pelo espermatozoide, o embrião recebe um gene do pai e outro da mãe. Se os dois pais forem alcoólatras, provavelmente o filho também será. Se apenas um dos pais tiver o vício, o risco será reduzido à metade.
Há outros aspectos, no entanto, que precisam ser considerados, já que também desempenham um importante papel nessa questão. O ambiente e o estilo de vida, por exemplo, aumentam o risco de alterações comportamentais que podem levar à dependência do alcoolismo.
Além de considerar que o alcoolismo é genético, é necessário se atentar a essas influências externas associadas aos transtornos resultantes do abuso de álcool. Vale destacar, portanto, que o consumo abusivo de álcool está associado a diferentes mecanismos.
Mesmo considerando as questões hereditárias, a personalidade e as condições de saúde de uma pessoa podem ser melhoradas pelo ambiente, pelo estilo de vida e por meio de um tratamento adequado.
Como os genes se manifestam?
Enumeramos algumas formas de manifestação da carga genética sobre a tendência ao alcoolismo. Veja quais são elas a seguir.
Abuso do álcool desde muito jovem
O alcoolismo na adolescência tem ocorrido de forma muito precoce. Os dados revelados por um estudo recentemente divulgado pela Agência Brasil EBC não são nada animadores: no Brasil, 40% dos adolescentes com idade entre 12 e 13 anos consumiram bebida alcoólica pela primeira vez em seu próprio lar.
Em termos globais, o uso precoce de álcool foi apontado como a principal razão de morte entre indivíduos com idade entre 15 e 24 anos.
Mais resistência aos efeitos do álcool
O metabolismo do álcool no organismo é bem simples: a substância cruza facilmente a barreira de proteção natural que separa o sangue das demais áreas cerebrais. Isso explica por que, alguns minutos após a ingestão de uma bebida, sua concentração alcoólica no cérebro já se torna a mesma do sangue. Em certos indivíduos com tendência genética ao alcoolismo, a resistência maior à embriaguez favorece o vício.
Saúde mental instável
Indivíduos com instabilidade emocional, psíquica ou transtornos de personalidade também se tornam mais vulneráveis ao alcoolismo. Nesse sentido, ainda que pequena, a influência genética pode ser potencializada por esses fatores de risco e facilitar o desenvolvimento da dependência alcoólica.
Como procurar ajuda?
Uma das características que mais dificultam resolver questões ligadas ao alcoolismo é a negação da existência do problema por parte do usuário. O primeiro passo para buscar ajuda é o reconhecimento de que o consumo abusivo de bebidas alcoólicas exige um suporte profissional.
Se você está passando por esse problema, o ideal é procurar uma instituição experiente no ramo de tratamento para superar os sintomas da desintoxicação causados pela dependência alcoólica — como o Hospital Santa Mônica. Nosso hospital disponibiliza uma infraestrutura adequada e uma equipe multidisciplinar composta por profissionais especializados nesse ramo.
É possível encontrar um caminho para minimizar as dificuldades relacionadas à problemática do álcool. Que o alcoolismo é genético é fato, mas a intervenção terapêutica adequada pode reverter o quadro e ajudar o indivíduo a recuperar a saúde mental, o bem-estar e retornar ao convívio familiar e coletivo.
Esperamos ter esclarecido suas dúvidas sobre esse tema. Caso precise de ajuda, entre em contato com o Hospital Santa Mônica!