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5 sinais de depressão pós-parto para ficar alerta

A gestação é um momento único na vida da mulher. No entanto, ela mexe muito com os hormônios da mulher, o que pode levar a alguns sinais de depressão pós-parto. Eles são importantes e exigem atenção, até mesmo porque podem se complicar.

Segundo uma pesquisa da Fiocruz, 26,3% das mulheres brasileiras sofrem com esse transtorno no período entre 6 e 18 meses depois do nascimento. Isso significa que uma a cada quatro está nessa condição.

Mas o que isso significa? Basicamente, a depressão pós-parto é caracterizada por uma profunda tristeza, o que pode gerar dificuldades na criação do vínculo entre mãe e bebê. Além disso, a mulher deixa de aproveitar aqueles momentos após o nascimento e pode até se suicidar ou matar o próprio filho, em casos graves.

Por todos esses aspectos, é imprescindível ter atenção aos sinais da depressão pós-parto. Neste post, a médica do Hospital Santa Mônica, Dra. Mayara de Sá Salvato, irá explicar quais são eles e como deixar de sofrer com esse transtorno mental.

Os sintomas de depressão pós-parto

Os sintomas de depressão pós-parto são gerados pelas mudanças hormonais aliadas à alteração da rotina. Entre os fatores que contribuem para essa condição estão a sobrecarga de funções, a privação de sono, a amamentação e os medos e as incertezas do momento.

Aqui, é importante destacar que é normal passar por um período de adaptação. Os primeiros 15 dias após o nascimento do bebê costumam ser conhecidos como baby blues. Nesse período, a mulher pode apresentar irritabilidade, choro fácil, instabilidade emocional, sentimento de culpa, ansiedade e frustração por não estar feliz.

É comum que essa situação dure por até 30 dias. Quando se estende, é preciso atentar aos sintomas de depressão pós-parto. Os principais são:

  • cansaço extremo;
  • falta de interesse em atividades que antes eram prazerosas;
  • insônia ou excesso de sono;
  • perda ou ganho de peso rápido;
  • ansiedade;
  • excesso de preocupação;
  • sentimento de culpa e de menos valia;
  • tristeza profunda;
  • vontade de causar danos ao bebê ou a si própria;
  • melancolia;
  • desmotivação;
  • indisposição;
  • desânimo;
  • choro excessivo;
  • afastamento da família e dos amigos;
  • dificuldade em desenvolver um relacionamento amoroso com o bebê que acabou de nascer;
  • sentimento de inutilidade, vergonha, inadequação ou culpa.

Vale a pena ressaltar que esse transtorno também pode aparecer tardiamente. Ou seja, apenas alguns meses após o nascimento do bebê.

5 principais sinais de depressão pós-parto

As mulheres que apresentam dificuldade na adaptação à nova rotina precisam estar atentas aos sinais de depressão pós-parto. A família também tem um papel fundamental, já que nem sempre a mãe percebe seus próprios comportamentos ou tem resistência a pedir ajuda.

Isso acontece porque a mulher tende a anular suas próprias dores e a focar somente o bebê. Por isso, é preciso ter cuidado com os sinais que apresentaremos a seguir. Confira quais são os principais.

1. Medo de ficar sozinha com o bebê ou de machucá-lo

A depressão pós-parto gera pensamentos negativos, que podem levar a mulher a machucar o bebê. Se o quadro depressivo se agravar, pode levar a uma psicose pós-parto, que agrava a condição.

Por isso, é preciso observar se a mãe tem medo de ficar sozinha com o bebê ou de machucá-lo. Nesses casos, ela pode até mesmo cometer algum crime, mesmo que ame o filho.

2. Mudanças de humor

A mulher com esse transtorno deixa de achar engraçadas algumas situações que antes gostava. Ela apresenta mudanças de humor significativas, que podem ser percebidas facilmente pelos familiares.

3. Histórico de depressão no passado

O histórico de depressão antes da gestação e do nascimento do bebê é um sinal a considerar. Apesar de não ser taxativo — ou seja, nem toda mulher com essa condição apresentará o transtorno —, é um fator de risco. Por isso, é preciso analisar os antecedentes.

4. Pensamentos obsessivos

A mãe com depressão após o parto tem pensamentos recorrentes de machucar a si mesma ou ao bebê, e até de morte ou suicídio. Esse é um bom indicativo de psicose, já que isso demonstra confusão, desorientação, alucinações, delírios e paranoias.

5. Preocupações exageradas com o bebê e a função materna

A dificuldade de se adaptar à realidade também pode se relacionar à função materna. Nesse caso, a mulher pode ter medo de não conseguir cuidar do bebê e receio excessivo com a segurança do filho. Isso causa um quadro de estresse constante, que prejudica a saúde mental. Além disso, a mãe deixa de se preocupar consigo mesma, agravando o cenário.

As ações necessárias ao identificar os sinais de depressão pós-parto

Ao identificar os sinais de depressão pós-parto, o recomendado é entrar em contato com um psiquiatra. Como não existe um exame para fazer o diagnóstico, o médico especialista analisará o contexto da mulher e perceberá se ela se encontra com esse transtorno.

A partir disso, é possível começar o tratamento da depressão pós-parto. As indicações mudarão de acordo com a gravidade do diagnóstico. De modo geral, é preciso fazer um acompanhamento com psiquiatra e psicólogo.

Em alguns casos, a prescrição de medicamentos para equilibrar o humor também é necessária. As terapias individuais, em grupo e com cães são boas alternativas para melhorar a condição.

Além disso, ter uma alimentação saudável, fazer atividades prazerosas e exercícios físicos ajudam a equilibrar o organismo e melhorar a saúde mental da mulher. Nesse processo, a família tem um papel essencial.

É preciso haver compreensão, em vez de julgamentos. Isso porque os sinais da depressão pós-parto aparecem por questões fisiológicas, hormonais e de alteração de rotina. No entanto, não significa que a mãe não ame seu bebê.

Por isso, ter uma rede de apoio consolidada, que ajude a cuidar da criança e evite a sobrecarga, é fundamental. Com todo esse acompanhamento familiar, psicológico e psiquiátrico, é possível alcançar bons resultados no tratamento.

Assim, os sinais de depressão pós-parto sempre precisam ser considerados, porque podem sinalizar um transtorno grave. A boa notícia é que os sintomas podem ser melhorados com a ajuda adequada, especialmente se você contar com a equipe de um hospital psiquiátrico de qualidade.

Então, que tal conhecer uma instituição de saúde com experiência no tratamento à depressão pós-parto? Entre em contato com o Hospital Santa Mônica e saiba mais sobre o atendimento.

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