Considerada uma das doenças mais incapacitantes, a esquizofrenia é causada pela interação de diversos fatores genéticos e ambientais, incluindo o abuso de drogas. O desenvolvimento desse transtorno geralmente ocorre em jovens e adultos de 15 a 35 anos de idade, com maior prevalência em homens.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a esquizofrenia afeta mais de 23 milhões de pessoas no mundo. Por ser uma enfermidade crônica progressiva, os tratamentos para esquizofrenia costumam ser realizados durante toda a vida.
Essa doença é caracterizada por um conjunto de sintomas produtivos, como delírios, alucinações, mudanças repentinas de comportamento e pensamentos desorganizados, e de sintomas negativos, como perda da vontade de executar tarefas cotidianas, falta de cuidados com a higiene pessoal, dificuldade de expressar emoções, isolamento social e distanciamento afetivo.
Diante das dúvidas que surgem sobre esse assunto, explicamos abaixo como são feitos os principais tratamentos para esse tipo de transtorno mental.
Diagnóstico
A busca por orientação especializada é o primeiro passo para receber um diagnóstico correto e iniciar qualquer tipo de tratamento. A avaliação dos sintomas e a exclusão de outras doenças são feitas por meio de exames físicos, testes psicológicos, avaliações psiquiátricas, estudos de imagem, entre outras técnicas aplicadas por médicos e especialistas de diferentes áreas.
O apoio e a compreensão familiar também são essenciais nessa etapa, pois muitas vezes os pacientes sofrem com o preconceito e a discriminação e não conseguem reconhecer ou aceitar a doença, adiando a procura por ajuda. Para ter melhores resultados, o diagnóstico e o tratamento devem ser precoces, baseando-se no tripé médico, paciente e família.
Tratamento farmacológico
O tratamento para esquizofrenia normalmente é feito à base de medicamentos antipsicóticos, que agem diretamente no sistema nervoso central, bloqueando os receptores de dopamina.
As novas gerações desses fármacos costumam causar poucos efeitos colaterais, o que facilita sua administração. Há também remédios injetáveis, que, em geral, são aplicados uma vez por mês.
A prescrição de medicamentos é feita de maneira individualizada, de acordo com os sintomas e o grau de desenvolvimento do transtorno. O ajuste das doses e a mudança do tipo de remédio são bastante comuns durante o processo, pois a estratégia adotada depende da resposta e da aceitação do paciente ao tratamento.
Mesmo com a melhora dos sintomas e a estabilização da doença, o uso de medicamentos é recomendado por toda a vida na maioria dos casos, com o intuito de evitar recaídas e surtos psicóticos.
Intervenções psicossociais
Em geral, as intervenções psicossociais são indicadas para o tratamento de esquizofrenia em conjunto com a prescrição de medicamentos. Há diferentes tipos de abordagens psicoterapêuticas que auxiliam no controle desse tipo de transtorno, como a psicanálise, a terapia ocupacional, a terapia em grupo e a terapia cognitivo-comportamental.
Além de promoverem o autoconhecimento e a identificação dos problemas, as psicoterapias podem auxiliar na reinserção social do paciente ao focarem na melhoria da comunicação e das relações interpessoais. Esse tipo de tratamento também deve ser contínuo, sendo adaptado de acordo com as necessidades do indivíduo.
Internação
Nos casos em que o paciente necessita de monitoramento e cuidados médicos constantes, a internação é uma alternativa. A hospitalização também é recomendada quando o indivíduo apresenta problemas para dormir ou comer, dificuldade em manter a higiene pessoal, pensamentos suicidas ou comportamentos agressivos, que ofereçam riscos a si mesmo ou aos outros.
Para saber mais sobre tratamentos para esquizofrenia, entre em contato conosco. O Hospital Santa Mônica conta com uma equipe multidisciplinar especializada, que oferece apoio, acolhimento e orientação aos pacientes em todas as etapas do diagnóstico e do tratamento.