Ataques repetidos de pânico, caracterizados por palpitação, tremores, sensação de sufocamento, medo repentino e até dor ou desconforto no peito podem ser sinais de síndrome do pânico, doença séria que precisa ser tratada.
O problema é que, como os sintomas da crise podem levar a pessoa a pensar que está tendo um ataque cardíaco ou sofrendo de outra doença, ela acaba indo a um pronto-socorro, onde é medicada e liberada. E, em boa parte das vezes, não procura saber o que causou o ataque. “Alguns médicos têm mania de dizer, quando nada encontraram no exame físico ou nos de laboratório, que o paciente não tem nada”, diz a psiquiatra e psicanalista Helena Masseo de Castro.
O que é Síndrome do pânico?
A síndrome do pânico é um tipo de transtorno de ansiedade no qual ocorrem ataques repetidos de medo intenso de que algo ruim aconteça de forma inesperada.
Causas
A causa é desconhecida A genética pode ser um fator determinante. Pesquisas indicam que, se um gêmeo idêntico tem síndrome do pânico, o outro gêmeo também desenvolverá o problema em 40% das vezes. No entanto, a síndrome do pânico em geral ocorre sem que haja nenhum histórico familiar.
A síndrome do pânico é duas vezes mais comum em mulheres do que em homens. Os sintomas normalmente começam antes dos 25 anos, mas podem ocorrer depois dos 30. Embora a síndrome do pânico ocorra em crianças, ela normalmente não é diagnosticada até que as crianças sejam mais velhas.
Exames
Muitas pessoas com síndrome do pânico buscam tratamento primeiro no pronto-socorro, pois os ataques de pânico parecem ataques cardíacos. O médico realizará um exame físico, incluindo uma avaliação psiquiátrica. Serão realizados exames de sangue.
Outras doenças devem ser descartadas antes de diagnosticar a síndrome do pânico. Devem ser considerados distúrbios relacionados a abuso de drogas, pois os sintomas podem ser iguais aos de ataques de pânico.