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Psiquiatria

Bulimia nervosa

A Bulimia é um transtorno difícil de ser detectado, pois a maioria dos pacientes não se consideram doentes, ou ocultam seus sintomas por vergonha. Contudo, as estimativas de Bulimia Nervosa variam de 1 a 3 por cento das mulheres adolescentes e no início da vida adulta.

Em crianças a ocorrência é baixa, sendo que foram detectados apenas 70 casos nos últimos 5 anos. Em homens a Bulimia é rara, sendo que varia de 4 a 13 por cento da população total de pacientes que apresentaram o transtorno. A idade média de aparecimento em homens é de 21 a 24 anos de idade.

A maior incidência é em mulheres (mais de 90 por cento) das classes média e alta, sendo mais frequente na raça branca. Pessoas com profissão ou atividades que valorizam a forma física – por exemplo, modelos, bailarinas e atletas – são mais suscetíveis.

A Bulimia parece ser bem mais prevalente em sociedades industrializadas, onde há abundância de alimentos e onde a beleza está associada à magreza (Estados Unidos da América, Canadá, Europa, etc.). Em uma pesquisa realizada nos E.U.A. com 2000 mulheres (estudantes do colegial) em 1986, foi percebido que um número próximo de 5 por cento dessa população já teve algum transtorno alimentar e aproximadamente 4 por cento dessa população admitiram ter sintomas de Bulimia. A bulimia nervosa é um tipo de transtorno alimentar que afeta 1-3 por cento das pessoas.

É um transtorno alimentar grave em que alguém pode sentir que perdeu o controle sobre sua alimentação, e se avaliar de acordo com sua forma e peso corporal. Alguém com bulimia pode se sentir preso em um ciclo de comer grandes quantidades de alimentos (conhecido como “compulsão”), e depois se envolver com comportamentos para compensar isso como uma tentativa de impedir o ganho de peso.

Sinais e sintomas

Os sinais e sintomas da bulimia incluem:
• Compulsão e purgação comportamentos;
• Comportamentos alimentares secreta;
• Percepção distorcida da forma do corpo ou peso;
• Sentimento de culpa e vergonha em torno de comida e ao comer;
• Ansiedade ou depressão;
• Desaparecer depois de comer;
• Sentir-se cansado ou letárgico;
• Dores de estômago;
• Dor de garganta constante;
• Sinais de abuso de álcool;
• Baixa autoestima.

O que causa a bulimia?

Bulimia é um grave problema de saúde mental, que é causada por uma ampla gama de fatores biológicos, psicológicos e sociais. Razões pelas quais alguém pode desenvolver bulimia pode ser muito diferente entre os indivíduos com bulimia.
Alguns fatores comuns que alguém possa desenvolver bulimia podem ser:

Fatores Psicológicos

Para muitas pessoas com bulimia, a comida é uma maneira de lidar com as emoções e sentimentos angustiantes. Muitas pessoas relatam gatilhos ou emoções negativas que ocorrem antes de uma farra. Para algumas pessoas, seu transtorno alimentar torna-se uma maneira de lidar com emoções difíceis.
A autoestima tem sido encontrada para ser um fator de risco para a bulimia. Muitas pessoas relatam que se sentem inúteis e têm baixa autoestima. Algumas pessoas podem ter tendências perfeccionistas, temem que sejam inadequadas, de alguma forma, medo de rejeição ou têm fortes desejos para ganhar a aprovação de outros.

Os fatores biológicos

Uma nova pesquisa sugere que a genética, alterações neurológicas ou neuroquímicas no cérebro podem ser fatores no desenvolvimento bulimia.

Como posso saber se tenho bulimia?

Se você está preocupado em saber se tem bulimia, você deve falar com o seu médico de família ou procurar um especialista que pode ajudá-lo (a) e apoiá-lo(a).

Que tratamentos estão disponíveis?

A terapia cognitiva comportamental (TCC) é o tipo mais comum de terapia utilizada para o tratamento de bulimia nervosa. TCC pode ajudar a aprender maneiras mais saudáveis de pensar em comida e recuperar a sua autoestima.
TCC pode ocorrer entre 16 e 20 sessões, cada uma com duração de cerca de uma hora, mais de seis meses de duração. Entre as sessões, você será perguntado pelo terapeuta para executar diferentes tarefas, como tornando-se lentamente pequenas mudanças nos seus hábitos alimentares, ou manter um diário de quando e o que você come.

Terapia Interpessoal (IPT)
IPT é outra terapia que foi adaptada para ser usada com pessoas que têm bulimia nervosa. Permite a discussão das suas relações com outras pessoas. A reconstrução destas relações pode impedi-lo recorrer à comida para apoio emocional.

Medicação
Para algumas pessoas, a medicação pode ser disponibilizada juntamente com um programa de autoajuda, ou como uma primeira linha de tratamento. É importante que você falar com seu médico sobre medicamentos para decidir qual é a melhor opção para você. Exemplos destes incluem antidepressivos.

Autoajuda
Manter um diário de seus hábitos alimentares pode ser útil para compreender o que desencadeia. Você pode achar que os grupos de apoio são úteis. Pode ser reconfortante para conversar com outras pessoas que têm os mesmos sentimentos e experiências.

Confira também o que o Dr. Rodrigo Machado, psiquiatra do Hospital Santa Mônica tem a dizer sobre o assunto nesse vídeo:

Fonte: Mental Health Foundation / Hospital Santa Mônica

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