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Psiquiatria

Promessas de ano novo, você é daqueles que consegue cumprir?

Após uma temporada de festas na qual nos permitimos sair da dieta, muitos buscam melhorar a saúde e a qualidade de vida, adotando novos hábitos. Mas você sabe o que os especialistas falam sobre as resoluções de ano novo? Como esses dados podem ajudar a aumentar as chances de sucesso, os fatores mais comuns que levam ao fracasso, e as razões pelas quais muitos adiam as mudanças necessárias, mesmo após a virada do ano.

A tradição provavelmente começou na época da Roma Antiga, quando os cidadãos romanos faziam promessas de boa conduta a Janus, a divindade de duas faces, para quem o mês de janeiro é dedicado. Outros acreditam que a tradição volta ainda mais no tempo, para o Egito. Mas sejam quais forem as origens, elas são psicológicas, cultural e espiritualmente proeminentes como um meio de autotransformação e marcam a busca incessante do auto aperfeiçoamento entre os seres humanos.

As promessas abrangem toda a gama de auto aperfeiçoamento, mas a maioria diz respeito a saúde ou dinheiro. Uma votação interativa com mais de 3.000 adultos realizada há alguns anos, descobriu que as cinco mais frequentes são:

  • Perder peso,
  • Melhorar as finanças,
  • Fazer exercícios,
  • Conseguir um novo emprego e
  • Ter uma alimentação mais saudável.

Cerca de 60% dos americanos declaram ter a intenção de fazer promessas de ano novo quando questionados no início de dezembro, mas somente 40%, aproximadamente, realmente as farão no primeiro dia de janeiro. As mulheres são ligeiramente mais propensas a fazer resoluções do que os homens, mas é uma pequena diferença.

Quando falamos de mudanças, a ciência antiga nos dizia para focarmos em apenas uma coisa de cada vez, pois só teríamos força de vontade e agilidade mental para isso. Porém, a nova ciência nos diz que temos a mesma probabilidade de ter sucesso ao fazer duas resoluções ao mesmo tempo, especialmente se elas estiverem relacionadas.

Alguns exemplos de bons pareamentos são:

  • Exercícios e alimentação,
  • Tabagismo e gestão do estresse, e
  • Relacionamentos e comunicação.

“Resolutores” bem-sucedidos cumprem quatro etapas no começo de janeiro:

Primeiro, desenvolvem um plano de ação específico. O que especificamente você vai fazer de forma diferente para combater o problema? Qual é a alternativa saudável para esse problema?

Segundo, “resolutores” precisam confiar genuinamente que têm capacidade de manter a promessa, apesar de eventuais deslizes. Essa confiança é um forte requisito de quem vai ter sucesso no novo ano.

Terceiro, declare publicamente essa resolução. Compromissos assumidos publicamente, são tipicamente mais eficazes do que as decisões privadas.

Por fim, certifique-se que a sua resolução é uma meta realista, alcançável. Objetivos grandiosos geram resignação e, tipicamente, fracassam. É muito melhor dizer: “Vou perder sete quilos ao longo do ano e não vou ganhá-los novamente”, em vez de mirar na lua.

A maioria dos “resolutores” bem-sucedidos pode deslizar em janeiro. É preciso entender as falhas como parte do processo. Uma etapa perdida não deve significar o fim de toda a programação.

Derrotando o comportamento autodestrutivo

As principais razões pelas quais as resoluções de ano novo geralmente falham são:

  • Primeiro: fazer uma resolução pelo motivo errado. As pessoas são mais propensas a aderir a resoluções quando sua motivação é intrínseca (“quero me sentir melhor”) em vez de extrínseca (“preciso mostrar que estou bem no meu encontro de classe”).
  • Segundo: esperar que a mudança seja fácil. A maioria das resoluções de ano novo gira em torno de mudar hábitos relacionados a comer, fumar, beber, gastar dinheiro, procrastinar, etc. Hábitos são enraizados e exigem muito esforço para mudá-los, especialmente no início.
  • Terceiro: não ter um plano para lidar com o desconforto. Na primeira semana de janeiro, depois de ter se satisfeito com a comida não saudável em dezembro, é fácil deixar de comer os alimentos mais calóricos. Porém, uma semana depois, eles começarão a parecer mais apetitosos de novo. A menos que esteja preparado para isso e tenha um plano de como lidar com esta situação, você provavelmente não irá resistir à tentação.

Falhar repetidamente ao tentar mudar um hábito pode fazer com que a pessoa se sinta desmoralizada e perca a esperança de que as coisas irão melhorar, bem como se culpe ou se odeie por desistir novamente.

O melhor momento para começar as mudanças é quando você estiver pronto! Pode ser no primeiro dia do ano ou em uma quinta-feira qualquer em junho.

Para certos hábitos, como dieta, exercício, vícios e gastar dinheiro, a vantagem de trabalhar para mudá-los em janeiro é que a publicidade de alimentos não saudáveis, bebidas alcoólicas e presentes caros diminui em relação ao Natal. Os anúncios em janeiro também falam em voltar a ficar em forma, parar de fumar e outros temas relacionados ao auto aperfeiçoamento. Além disso, academias e programas de dieta oferecem descontos e incentivos, o que pode influenciar as decisões de pessoas que não têm certeza se querem ou não se comprometer a mudar os próprios hábitos.

A outra vantagem de fazer mudanças no início do ano é que as resoluções de ano-novo são uma tradição. Outras pessoas ao seu redor também estão definindo metas, e isto faz com que você não se sinta sozinho em sua jornada.

Quanto aos transtornos do humor, eles ocorrem durante o ano todo. Porém, conseguir controlar o próprio comportamento também ajuda na depressão, pois oferece mais oportunidades de alcançar o sucesso.

Fonte do Artigo: Medscape

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