O que aflige os especialistas quanto à ampliação do limite de maconha a ser encontrado no corpo do atleta é principalmente social. O risco de dependência e as consequências do uso agudo motivam a preocupação médica.
Para o psiquiatra Emmanuel Fortes, da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), a decisão passa a expor mais pessoas à droga. “Quem antes deixaria de usar, sente uma liberdade maior para experimentar, o que pode aumentar o risco de viciados”, acredita.
Além da saúde, a imagem do atleta fica comprometida. O médico do esporte, que atua na Seleção Brasileira e no Flamengo, Serafim Borges, diz que a decisão repercute negativamente na sociedade. “Uma criança que vê um atleta fumando maconha vai achar que pode fumar também. O esportista é um ideal de vida saudável, serve como exemplo”, argumenta. “E vê-lo usando drogas, mesmo que em pequena quantidade, é muito ruim para essa imagem. ”