Muitos aspectos emocionais caminham de mãos dadas com a obesidade. Geralmente, pessoas obesas convivem com o estigma do peso e a discriminação, que levam à baixa autoestima e ao sentimento de culpa. Além disso, a obesidade está associada a baixos níveis de atividade física. Esses são gatilhos para a depressão, segundo o psiquiatra Adriano Segal. “A incidência de depressão em quem tem obesidade é a mesma da verificada na população geral. A questão é que, entre aqueles que procuram tratamento para emagrecer, a incidência pode ser até três vezes maior”, diz o médico.
Com a orientação adequada, o paciente encontra apoio para tratar de um quadro depressivo e não abandonar a meta de redução de peso. Quando se quer uma mudança de estilo de vida completa, como é o ideal no tratamento da obesidade, é preciso manter-se motivado. E, se por um lado, a depressão pode ser vista como um empurrão para a busca de tratamento na obesidade, ela também pode impedir a pessoa de lutar contra hábitos que favorecem o ganho de peso. “Indicamos o melhor tratamento com a abordagem da psicoterapia, a fim de fornecer elementos que ajudem o paciente a reencontrar equilíbrio emocional”, informa Adriano Segal.
Em muitos casos, é necessário prescrever um tratamento com medicamentos. É importante buscar ajuda quando reconhecemos alguns dos sintomas da depressão, como tristeza permanente, falta de energia, falta ou aumento de apetite, perda de interesse por atividades que eram interessantes, irritabilidade fácil ou apatia, alterações de sono, pessimismo, dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento.