Não aceitamos pacientes do SUS. Cobertura de planos de saúde apenas para internações. Consultas são somente particulares no Centro de Cuidados em Saúde Mental do HSM, unidade externa localizada na Praça da Árvore, em São Paulo.

Dependência Química

Desmistifique tratamentos por dependência química

Em oposição aos tratamentos clássicos de psiquiatria, o sulafricano Maxwell Jones criou a socioterapia. Com base neste fundamento, o diretor audiovisual amazonense Heraldo Daniel produziu o documentário chamado “É muito louco ser careta”, que fala sobre os mitos e verdades a cercarem o tratamento por dependência química. A obra conta com os apoios da 602 Filmes e da Gullane Filmes, conhecida nacionalmente por ter produzido os filmes “Carandiru” e “Bicho de sete cabeças”.

Segundo o diretor, o filme serve para despertar a sociedade e falar de assuntos como redução de danos, prevenção e recaídas e falsas crenças sobre maconha e álcool. A experiência foi vivida -in loco- por Heraldo: ele esteve internado por 10 meses e encarou o tratamento para a dependência química que possuía. “Muitos falam que maconha não é droga, por ser natural… mas quem tem predisposição à esquizofrenia, por exemplo, pode desenvolver mais rápido a patologia com o uso da droga”, relata Daniel.

Para o diretor, a dependência química é uma questão de saúde pública, onde se deve viabilizar tratamentos humanizados, sem contenção e super dosagem de remédios, e é o que ele pretende mostrar com a produção. “Queremos inserir o adicto da melhor maneira no mundo social, para que ele não saia revoltado e recaia novamente”, alega ele, exaltando os benefícios da socioterapia. “Falo isso porque já tive experiência em duas clínicas, e a socioterapia funciona muito bem, pois ela imita a macrossociedade em uma microssociedade”.

A socioterapia, presente no documentário, incide na ajuda mútua entre os pacientes, de forma humanizada, e prevê situações através de psicodramas. “Quando cheguei lá, fui prefeito da comunidade em menos de um mês. Pois lá existe uma espécie de prefeitura e imitamos lá dentro o que vivemos aqui fora”, adianta Heraldo, lembrando que fazem parte da socioterapia as etapas de conscientização, projeto de vida e ressocialização.

E para compor o roteiro da obra, o diretor entrevistou João Estrella, cuja história de vida inspirou o protagonista homônimo do filme “Meu Nome Não é Johnny”; além do técnico de futebol Ney Franco; e profissionais da psiquiatria, pacientes e mães. “Levei Estrella até a clínica quando fui prefeito, para que ele desse uma palestra aos internos. Ele fala que a vida não precisa de drogas para enxergá-la colorida”, define. O lançamento do documentário está previsto para junho deste ano.

gradient
Cadastre-se e receba nossa newsletter