Não aceitamos pacientes do SUS. Cobertura de planos de saúde apenas para internações. Consultas são somente particulares no Centro de Cuidados em Saúde Mental do HSM, unidade externa localizada na Praça da Árvore, em São Paulo.

Depressão Saúde Mental

Depressão profunda: como lidar com essa questão?

As campanhas que acontecem no Setembro Amarelo são excelentes oportunidades para conversarmos sobre a depressão profunda. Mas é importante lembrar que a doença não escolhe data para acontecer. Sendo assim, é fundamental se informar sobre ela e ter atenção ao longo do ano inteiro.

Os quadros de depressão podem acometer pessoas de todas as idades. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a estimativa é de que mais de 300 milhões de pessoas convivam com esse transtorno no mundo. Ele causa incapacidade e afeta de forma significativa a qualidade de vida, principalmente quando ocorre o estágio mais grave da doença, sobre o que falaremos neste artigo.

Continue lendo para entender o que é considerado depressão profunda. Veja os sintomas da depressão, outros tipos da doença e como é feito o tratamento.

O que pode ser considerada “depressão profunda”?

A depressão é uma doença que se manifesta em intensidades diferentes. Assim, temos os estágios mais leves, passando pelos moderados até aqueles mais graves. A depressão profunda é justamente a manifestação severa do quadro depressivo.

Não se trata de um tipo diferente de depressão, mas de uma classificação atribuída à intensidade dos sintomas e à persistência deles. A preocupação está no fato de que essa manifestação mais severa acarreta um comprometimento significativo da qualidade de vida da pessoa.

Isso porque nos estágios iniciais existem os pensamentos negativos, a sensação de desânimo e as oscilações de humor. Porém, a pessoa ainda consegue realizar as suas tarefas e atividades do dia a dia, e se encontra em condições de socializar.

Mas sem o devido tratamento a tendência é de que os sintomas evoluam, alcançando níveis mais avançados, ou seja, desencadeando a depressão profunda. Nesse estágio é mais difícil a pessoa procurar por ajuda profissional. Para ela, a vida parece não fazer mais sentido e não há perspectiva de melhora.

Dados sobre depressão

Como você viu na introdução, a depressão é uma doença que afeta milhões de pessoas. Em nível mundial, uma em cada oito convive com algum tipo de transtorno mental, mas a ansiedade e a depressão são os quadros mais comuns, representando cerca de 60% de todos os casos.

O Brasil está em uma posição de destaque, afinal, na América Latina, é o país com a maior prevalência de quadros de depressão. Considerando as Américas, o nosso país está em segundo lugar. Um estudo epidemiológico revelou que a prevalência dessa doença ao longo da vida dos brasileiros está em cerca de 15,5%.

Por isso, mais uma vez alertamos para a importância de conhecer a doença e não se concentrar apenas nas campanhas do Setembro Amarelo, mas ter atenção aos sintomas durante um ano inteiro. Assim é possível buscar tratamento nos estágios iniciais e evitar que o quadro evolua para uma depressão profunda.

Quais são os sintomas da depressão?

Como dito, identificar os sintomas é fundamental para tratar o quadro depressivo, evitando que ele evolua para a depressão profunda. Lembrando que, em todos os estágios da doença, as manifestações são as mesmas, mudando, principalmente, a intensidade e a prevalência delas.

Os sintomas clássicos de depressão costumam ser:

  • desânimo;
  • apatia;
  • baixa autoestima;
  • insônia;
  • procrastinação;
  • medo constante;
  • insegurança;
  • angústia;
  • irritabilidade;
  • dificuldade de concentração;
  • distúrbios alimentares;
  • pessimismo;
  • pensamentos negativos;
  • questionamentos sobre a própria existência;
  • tristeza profunda e sem motivo aparente;
  • desinteresse por atividades rotineiras e prazerosas;
  • sentimento de culpa;
  • pensamentos suicidas.

Para uma pessoa com depressão, gradativamente, a vida começa a não ter mais sentido. Existe o desânimo e a fadiga, a pessoa não consegue encontrar mais um motivo para continuar seguindo. Assim, ela pode se isolar de tudo e de todos, mas não consegue se livrar desse sentimento de tristeza incapacitante, pois não sabe o que está causando isso. Essa sensação de culpa e de inutilidade acaba intensificando o problema.

Quais tipos de depressão existem?

Embora a depressão profunda não seja uma variação da doença, é importante lembrar que existem tipos diferentes. Veja, a seguir, alguns deles.

Transtorno depressivo maior

Também é chamado de depressão unipolar. Esse é o tipo mais conhecido e que costuma acontecer com uma frequência maior. A pessoa tem um sentimento de melancolia, perde o prazer por tudo que antes a deixava feliz. Seu humor fica entristecido e deprimido, há melancolia e sofrimento, principalmente, se não houver o devido tratamento.

Depressão sazonal

Geralmente, é difícil diagnosticar a depressão sazonal porque ela acontece em determinados períodos, o que costuma estar relacionado às estações do ano. É um quadro depressivo que ocorre em especial nos países mais frios, quando os dias ficam curtos. Mas também pode ocorrer em festas de final de ano, como o Natal, quando as pessoas podem se sentir sozinhas.

Distimia

Trata-se de um quadro depressivo mais leve, já que os sintomas acontecem com menos intensidade. Por isso, a pessoa com distimia é capaz de trabalhar, manter uma vida social e realizar outras atividades do seu dia a dia. Mas ainda assim acontece o desânimo, a tristeza e a baixa autoestima.

Não se trata apenas de uma tristeza passageira, pois esse tipo de depressão costuma ser mais longo. A pessoa sofre com os sintomas por cerca de dois anos, pelo menos. Além dos que citamos, também podem ocorrer alterações no apetite e no sono, irritabilidade, pessimismo e falta de energia.

A dificuldade do diagnóstico está no fato de que, por ser um quadro depressivo mais longo, pode ser associado à personalidade do indivíduo. Ele acaba se achando mal-humorado ou pessimista.

Depressão pós-parto

Como o nome indica, afeta as mulheres quando estão na fase do puerpério. Porém, também pode acontecer de a depressão pós-parto se manifestar durante a gravidez. O corpo da mulher passa por muitas alterações devido à gestação, e o quadro depressivo pode acontecer devido a uma mudança muito grande na produção de hormônios.

Como é o tratamento para depressão?

O tratamento envolve diferentes abordagens, inclusive quando se trata de um quadro de depressão profunda. Costumam ser indicados, por exemplo, terapia cognitivo-comportamental, psicoterapia interpessoal e ativação comportamental.

Os medicamentos antidepressivos também são muito importantes. Afinal, estamos falando de uma doença que provoca alterações químicas no cérebro. Por isso, a medicação vem como um suporte importante para auxiliar nesse reequilíbrio, de modo que a pessoa consiga aproveitar da melhor forma as demais abordagens.

Também são recomendadas medidas que auxiliam a aumentar a sensação de bem-estar, como a prática de exercícios físicos, a realização de atividades que tragam prazer, como yoga, dança e arte terapia. Também, uma alimentação mais nutritiva e equilibrada.

Em determinados casos, pode ser preciso recorrer à internação para que a pessoa tenha uma atenção mais próxima e intensa, recebendo apoio e amparo de uma equipe multidisciplinar de especialistas para conseguir superar a fase mais severa da doença.

O ideal seria reconhecer os sintomas depressivos nos estágios iniciais para evitar um quadro de depressão profunda. De toda forma, é possível tratar também essa manifestação mais severa da doença. Por isso, independentemente do estágio em que o transtorno se encontra, é fundamental procurar a ajuda de especialistas para iniciar o tratamento o quanto antes.

Você conhece alguém que está com depressão e precisa de ajuda, ou você mesmo está enfrentando essa doença? Nós podemos ajudar. Entre em contato e conheça o trabalho realizado pelo Hospital Santa Mônica.

gradient
Cadastre-se e receba nossa newsletter