Cerca de 10% dos pais de recém-nascidos desenvolvem o quadro, segundo dados mundiais
Joel Rennó, diretor do Programa de Saúde Mental da Mulher da Universidade de São Paulo (USP), chamou a atenção para a necessidade do reconhecimento dessa doença na rede pública de saúde. De acordo com estudo apresentado por ele, o pré-natal pode ajudar a revelar se a mulher tem ou não tendência à depressão pós-parto. A aplicação de um questionário simples, com apenas seis perguntas, pode ajudar no diagnóstico.
A médica Juliana Cavalsan, psiquiatra do Hospital Santa Mônica e do Programa de Saúde Mental da Mulher (ProMulher) do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP. destacou que fatores como gravidez indesejada, complicações na gestação e estresse aumentam a probabilidade de a mulher ter depressão pós-parto. Mães que tiveram a doença têm duas vezes mais chances de desenvolver depressão novamente nos próximos cinco anos, disse a especialista.
O psiquiatra Amaury Cantilino citou os principais fármacos receitados no tratamento da doença e os efeitos colaterais nos bebês, já que as mães ainda estão amamentando. “Essa doença destrói um momento precioso para mães e filhos. Reforço que a depressão pós-parto precisa de acompanhamento e tratamento médico. Em alguns casos, os fármacos são necessários”, afirma.
Fonte: Saúde – iG @ http://saude.ig.com.br/minhasaude/2015-11-09/depressao-pos-parto-tambem-atinge-homens.html