Não aceitamos pacientes do SUS. Cobertura de planos de saúde apenas para internações. Consultas são somente particulares no Centro de Cuidados em Saúde Mental do HSM, unidade externa localizada na Praça da Árvore, em São Paulo.

Depressão Saúde Mental

Depressão, ansiedade e estresse: você sabe a diferença entre eles?

Você sabe diferenciar depressão, ansiedade e estresse? Ambos são problemas que afetam a saúde mental e podem apresentar sintomas bastante semelhantes. Até mesmo a nível cerebral, são transtornos que afetam o sistema límbico e podem causar respostas parecidas.

No entanto, é importante ter em mente que depressão, ansiedade e estresse são comorbidades totalmente diferentes. Embora apresentem pontos em comum, como o agravamento nos últimos anos e relação com as rotinas modernas, saber diferenciá-los vai ajudar a lidar com questões de saúde mental.

Neste artigo, saiba como diferenciar os sintomas de depressão, ansiedade e estresse!

Depressão

A depressão é o nome dado a psicopatologias que afetam o humor, como o transtorno depressivo maior ou a distimia, classificados na quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). Essas são doenças multifatoriais, que podem ter origem biológica, psicológica, genética e ambiental. 

Um episódio depressivo é classificado pelo surgimento de dois ou mais sintomas fundamentais ou acessórios, caracterizados na 10ª edição da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), sob o código F32, como:

  • perda de interesse em atividades cotidianas;
  • humor deprimido;
  • fatigabilidade;
  • redução da concentração, atenção, autoestima e autoconfiança;
  • sensação de culpa, inutilidade e pessimismo;
  • alterações no sono e no apetite;
  • ideação de autolesão ou suicídio.

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 15,5% da população brasileira apresenta transtornos depressivos. Esse grande número levanta preocupações entre os profissionais da saúde, principalmente em relação à democratização de tratamentos de qualidade para os pacientes.

Vale a pena destacar que a depressão, quando não tratada, pode se tornar uma doença incapacitante. O principal tratamento recomendado para o transtorno depressivo é a psicoterapia combinada com o uso de antidepressivos.

Com o acompanhamento de um psicólogo, é possível identificar e tratar as origens da doença, enquanto o medicamento ajuda no controle dos sintomas. Com isso, o paciente pode ter mais qualidade de vida e realizar as atividades cotidianas com mais disposição, satisfação e perspectivas.

Ansiedade

A ansiedade, na verdade, é uma resposta biológica natural, presente em muitos animais. Essa é uma forma de se proteger de perigos, identificando sinais que podem representar uma ameaça e, com isso, antecipar estratégias para se defender.

No entanto, pode ocorrer a disfunção dessa resposta. É nesse caso que estamos falando de um transtorno de ansiedade. Quando isso ocorre, diversas situações corriqueiras e cotidianas podem ser interpretadas involuntariamente como uma ameaça, causando descargas de neurotransmissores como a adrenalina e noradrenalina, que deixam a pessoa em total alerta.

Com rotinas mais intensas em compromissos e agitadas, aumento da violência urbana e desigualdades sociais, mais pessoas passaram a desenvolver transtornos de ansiedade, como:

  • Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG);
  • fobias;
  • síndrome do pânico;
  • agorafobia;
  • Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC);
  • Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT).

Segundo o relatório Depression and Other Common Mental Disorders, produzido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil ocupa o primeiro lugar entre os países com maior prevalência de casos de transtornos de ansiedade. Esse é um dos motivos pelos quais a busca por tratamentos eficientes se torna uma questão de saúde pública.

Assim como a depressão, a ansiedade pode ser tratada com a associação de uma abordagem da psicoterapia com o uso de medicamentos. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma das abordagens mais procuradas por pacientes com esse transtorno.

Para casos crônicos, como a TAG, o TOC, o TEPT e as fobias, a prescrição de antidepressivos é bastante comum, pois ajuda na regulação de neurotransmissores serotoninérgicos e, em alguns casos, dopaminérgicos. Ambas as vias se relacionam também com a modulação da adrenalina e da noradrenalina.

Estresse

O estresse também é uma resposta natural do organismo. A OMS descreve o estresse como um estado de preocupação ou tensão mental, que é desencadeado ao se deparar com uma situação desafiadora. Sendo assim, é a forma como o corpo e a mente lidam com ameaças e momentos difíceis.

É possível ressaltar, desde já, a diferença entre estresse e ansiedade. Nesse caso, é a forma como o organismo reage a um desafio depois de percebê-lo. Já as respostas ansiogênicas são a antecipação de uma reação de defesa, ao identificar uma possível ameaça.

O dia 23 de setembro é dedicado ao Combate ao Estresse. Isso porque, devido às mudanças no estilo de vida da maioria das pessoas, essa é uma resposta que está cada vez mais presente no dia a dia. Desse modo, o que era para ser um sentimento pontual, tornou-se crônico.

A longo prazo, o contato com o estresse pode causar o aumento da pressão arterial, dores musculares devido à tensão, alterações na pele e no cabelo, mudanças na concentração e na memória, variações de humor e vários outros problemas. Além disso, pode acarretar o desenvolvimento de quadros de depressão e ansiedade.

O tratamento do estresse pode ser feito com psicoterapia e atividades de relaxamento no dia a dia. Meditação, práticas de respiração, massagens e, principalmente, a evitação de situações estressantes são recomendadas.

Síndrome de Burnout

Há ainda a Síndrome de Burnout, que se tornou mais conhecida após o período da pandemia de Covid-19. Esse é um transtorno que se confunde bastante com o estresse e a ansiedade, mas também apresenta diferenças.

O Burnout é a sensação de esgotamento emocional, causado pelo excesso de estresse, cansaço e pressão psicológica. Geralmente, é um transtorno atrelado a situações de trabalho com altas demandas e muita competitividade.

Em 2020, mais de 80% dos profissionais de saúde que atuaram na linha de frente no combate à Covid-19 apresentaram sintomas de Síndrome de Burnout, segundo o Conselho Regional de Enfermagem do Mato Grosso (Coren-MT). Alguns sinais característicos desse transtorno são:

  • sobrecarga emocional;
  • cansaço permanente;
  • dificuldade de concentração;
  • alterações no sono e no apetite;
  • mudanças bruscas de humor;
  • dores corporais, aumento da pressão arterial e problemas gastrointestinais.

O tratamento da Síndrome de Burnout é feito, sobretudo, com mudanças na rotina. Afastar-se dos fatores que aumentam o esgotamento emocional é necessário para a recuperação e redução do estresse. Ter o apoio de um psicólogo e, em alguns casos, psiquiatra também faz a diferença. Afinal, alguns quadros podem evoluir para transtornos de ansiedade e depressão.

Em geral, é possível notar as diferenças entre depressão, ansiedade e estresse pela forma como os sintomas surgem e os fatores que o desencadeiam. Buscar ajuda médica é essencial para avaliar cada caso e encontrar as melhores estratégias de tratamento, a fim de promover alívio dos sintomas e qualidade de vida.

Este artigo ajudou você a entender melhor esses diferentes transtornos? Entre em contato com a nossa equipe e receba o apoio que você precisa para encontrar os melhores tratamentos!

gradient
Cadastre-se e receba nossa newsletter