A depressão pós-parto acontece quando a mãe enfrenta períodos de tristeza profunda logo depois que o bebê nasce. Além dos sentimentos negativos envolvidos, a doença também pode gerar consequências negativas para o vínculo afetivo da mãe com a criança.
Neste post você vai saber como identificar a doença, se é hora de procurar ajuda médica e conferir algumas dicas de como lidar com depressão pós-parto. Acompanhe!
O que é depressão pós-parto e como ela acontece?
A depressão pós-parto é uma condição que pode estar associada a diversos fatores, tanto físicos quanto emocionais, além de ter ligação com o histórico familiar e com possíveis problemas de saúde mental da mãe. O desequilíbrio hormonal que ocorre por conta do término da gravidez também pode contribuir para o surgimento do problema.
Segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz, esse tipo de depressão atinge uma em cada quatro mulheres no período de 6 a 18 meses após o nascimento do bebê. As mães com depressão amamentam menos e geralmente não cumprem o calendário vacinal da criança, que, por sua vez, corre mais riscos de apresentar baixo peso e problemas psicomotores, além de outras questões relacionadas à saúde.
Quais são as 4 melhores dicas de como lidar com depressão pós-parto e ansiedade?
Mulheres que sofrem com a doença precisam buscar apoio profissional especializado. Algumas práticas, no entanto, podem ajudar quem quer saber como lidar com depressão pós-parto.
Preparamos uma lista com algumas dicas para ajudar nesses casos, com ações que podem ser tomadas nos momentos de sono do bebê, por exemplo, ou até mesmo na companhia dele. Confira!
1. Fortalecer o relacionamento com o bebê
O estreitamento dos laços entre a mãe e o bebê é uma das partes mais importantes do desenvolvimento infantil — ele influencia diretamente na capacidade que a criança terá de se sentir segura para se desenvolver, comunicar e construir relacionamentos com outras pessoas.
A depressão pós-parto pode interromper esse processo. As mães com depressão podem ser participativas e cuidadosas algumas vezes, mas em certos casos, elas podem reagir negativamente ao bebê ou até ignorá-lo. O fortalecimento desse relacionamento é importante por causa disso.
Para se sentir mais conectada ao bebê, a mulher pode procurar reconhecer os sinais de interação emitidos pela criança, como sorrisos e choros, e responder a eles o máximo de vezes possível, sempre buscando ser carinhosa e transmitindo segurança ao pequeno.
2. Contar com a ajuda de pessoas próximas
O contato com outras pessoas ajuda a aliviar o estresse, afinal, o ser humano é um ser social. O apoio de pessoas próximas é muito importante em um momento como esse, quando a mãe, além de todas as mudanças hormonais, também está conhecendo uma nova rotina — que pode ser muito cansativa.
Sempre que se sentir triste e vulnerável, a mulher deve se conectar com pessoas queridas, como o pai da criança, parentes ou amigos, para que não se sinta sozinha e saiba que tem com quem contar. O isolamento social tende a agravar casos de depressão pós-parto.
3. Compartilhar o que está sentindo
Mais do que manter próximas as pessoas queridas, a mãe que sofre de depressão pós-parto também deve se abrir e falar sobre os seus sentimentos, tanto os bons quanto os ruins. Essa prática alivia a tensão e ajuda a mulher a saber que, além da ajuda prática, ela também pode contar com o apoio emocional de outras pessoas.
4. Oferecer uma folga para si mesma
O autocuidado e momentos de ócio ajudam bastante a aliviar o estresse e os sentimentos da depressão pós-parto. Pequenas mudanças na rotina podem ser muito benéficas para a mulher. Meditação, exercícios físicos e passeios ao ar livre, mesmo que rápidos, são práticas que podem contribuir para o bem-estar e ajudar a recarregar as energias.
Tirar um tempo para si e passar pelo menos uma hora sem se preocupar com a rotina da maternidade também pode ser uma boa opção — um banho demorado, uma refeição saborosa e uma massagem, por exemplo, ajudam a relaxar e a melhorar o astral.
Qual é a importância do cuidado com a saúde mental?
Qualquer pessoa vai experimentar sentimentos negativos e positivos ao longo da vida. A saúde mental é o que possibilita que o ser humano lide de forma adequada com essas emoções e consiga levar uma vida equilibrada. O cuidado com a mente é muito importante para que uma pessoa tenha capacidade de executar suas habilidades pessoais e profissionais.
No caso das novas mães, esse cuidado se torna ainda mais importante, visto que a saúde materna influencia diretamente na qualidade de vida do bebê, tanto quando falamos de saúde física quanto da emocional.
Quando é hora de procurar ajuda médica?
Um recém-nascido precisa de atenção em tempo integral. Quando a família não consegue dar conta de todos os cuidados ou quando as tarefas que só podem ser feitas pela mãe, como a amamentação, não forem cumpridas, é sinal de que algo não vai bem.
Nesses casos, as pessoas próximas podem se organizar para ajudar e garantir os cuidados que o bebê precisa, mas é indicado que a mãe procure ajuda profissional especializada.
O tratamento para depressão pós-parto envolve medicamentos antidepressivos e terapias. Essas medidas podem ajudar a controlar as consequências negativas da doença e melhorar a qualidade de vida da família.
Os homens também podem ter depressão em momentos como esses. Caso isso aconteça, é aconselhável que os dois pais passem pelo tratamento, que podem incluir o aconselhamento do casal como método complementar ao tratamento tradicional.
Quando for a hora de buscar ajuda, é fundamental procurar um médico psiquiatra experiente e que trabalhe junto a uma equipe multidisciplinar. No Hospital Santa Mônica, além de profissionais capacitados, os pacientes contam com tratamentos complementares — como terapias — e com uma estrutura completa, que inclui quartos bem equipados e espaços para lazer e socialização.
Se você conhece alguém que está enfrentando depressão pós-parto ou se você está passando por isso e sente que precisa de ajuda, entre em contato conosco. Nós temos sólida experiência e estamos sempre prontos para ajudar no que for preciso.