Os benefícios do riso para a saúde já foram amplamente abordados. Ele libera endorfinas, que nos deixa felizes, assim como outros hormônios associados com a redução do estresse, impulsionando uma resposta do sistema imune e fortalecendo os relacionamentos sociais.
Quando se trata da saúde mental, a liberação desses hormônios da felicidade são um excelente alívio a curto prazo enquanto um maior nível de conexão social pode levar a sentimentos de inclusão a longo prazo e a criação de redes de apoio. Os dois são elementos cruciais na luta contra a depressão.
O Ioga do Riso (sim, ioga do riso) foi descoberto como responsável por ter um melhor efeito no alívio da depressão do que exercícios regulares
Um estudo, publicado no International Journal of Geriatric Psychiatry (Revista Internacional de Psiquiatria Geriátrica), descobriu que o ioga do riso era mais eficiente no alívio dos efeitos da depressão em mulheres mais velhas do que exercícios comuns.
Um relatório da Universidade de Haifa, em Israel acha “surpreendente que o riso não seja amplamente aplicado e pesquisado em ambiente psiquiátricos, especialmente quando a população precisa em sua maioria de formas de melhorar a qualidade de vida de forma mais eficaz e econômica”.
Então a comunidade científica tem certeza de que o riso faz bem para sua saúde mental, mas isso não quer dizer simplesmente que você deva parar aí. Há muito mais do que a comédia para ajudar as doenças mentais.
O comediante de stand-up Richard Herring uma vez contou ao Scotsman que ele achava que “existe um certo tipo de elemento viciante” quando está no palco.
Ele disse: “É o único lugar que acredito poder ser eu mesmo”.Também existe um elemento de catarse ao escrever. Amber Tozer, autora do Sober Stick Figure, diz que isso a ajudou quando sofria com depressão e o vício da bebida.
“A escrita no geral salvou minha vida”, contou ao HuffPost UK. “Eu tenho escrito diários durante boa parte da minha vida e realmente me ajuda a limpar toda a loucura que se passa na minha mente e aquieta aquela voz negativa e irritante que está sempre me dizendo coisas ruins”.
O comediante e apresentador Mark Dolan também ecoou o apoio à natureza terapêutica da escrita.
“A escrita faz bem à alma”, disse ele. “Mesmo que tudo o que você faça seja escrever sobre como é fazer compras em alguma loja ou algo parecido, apenas o processo de escrita, faz você tirar algo de si e colocar no papel. Acho que é bom para você”.
A livro de memórias de Amber Tozer ‘Sober Stick Figure’ acompanha sua jornada com vício da bebida
E não apenas ajuda o artista. Existe muito mais que a comédia para ajudar as pessoas com doenças mentais.
Os comediantes Taylor Glenn, John Robertson e Felicity Ward nos contam quando ouviram de pessoas da plateia afetadas sobre a questões de saúde mental que faziam parte da performance.
“Recebi muitos emails e mensagens no Facebook”, o comediante australiano Ward diz, “e as pessoas começaram a ir ao médico após o meu espetáculo, e isso é incrível. Talvez três ou quatro pessoas já me disseram ‘que escrevo isso desde uma mesa cirúrgica e eu vi a sua apresentação ontem’”.
John Ryan, que publicou pesquisas sobre a eficácia da comédia na saúde mental, diz que a coisa mais importante que a indústria pode fazer é afetar as pessoas que não seriam normalmente expostas às discussões sobre o bem-estar mental, embora Russell Kane diga que a comédia deva ser uma forma de começar o debate.
Doug Segal e Mark Dolan sugerem que a melhor coisa que a indústria pode fazer para ajudar as pessoas com problemas mentais é normalizar as doenças, mostrando a quem sofre que não está sozinho, e as pessoas podem ser bem-sucedidas e levar vidas normais mesmo sofrendo de um distúrbio mental.
Além de rir mais, o que melhora nossa saúde mental de várias formas, a indústria da comédia oferece uma excelente saída para pessoas que precisam desabafar ou recuperar o seu poder ao mostrar seus problemas mentais. Também serve com uma excelente forma de alcançar um novo público e ajudá-los a entender mais sobre as doenças mentais, assim como normalizar os distúrbios nos olhos do público.