Acompanhados da sensação de medo e perigo iminente de morte, os sintomas estranhos que surgem do nada, podem ser a manifestação de uma doença psiquiátrica muito comum, a síndrome do pânico.
Quando enfrentamos uma situação real de perigo, como um assalto, o corpo reage com tremedeira, suor e coração disparado, entre outros sintomas. Isso é normal. Mas sentir essas alterações quando tudo corre bem é sinal de que há algo errado e deve ser investigado.
A síndrome ou transtorno do pânico é uma doença psiquiátrica que atinge cerca de 3,5% da população, principalmente as mulheres. A característica mais marcante da crise de pânico é que ela é espontânea, não desencadeada por um motivo específico. Muitas vezes, num momento tranquilo, ela pode surgir, repentinamente.
As causas do problema ainda não são conhecidas, mas é comprovado que o consumo de drogas, álcool em excesso e alguns medicamentos podem facilitar seu aparecimento, embora haja casos sem nenhuma relação com esses fatores. Um ataque de pânico costuma durar em média dez minutos, mas eles parecem uma eternidade para quem sente.
Veja os sintomas mais comuns: Medo; Desespero; Falta de ar; Tontura; Formigamento; Coração disparado (taquicardia); Náuseas; Sudorese; Tremores; Aperto ou dor no peito; Desconforto abdominal; Sensação de morte iminente; Sensação de estar enlouquecendo. Muitas pessoas não conseguem trabalhar ou sair de casa sozinhas por receio de sofrer uma crise de pânico.
É o que os especialistas chamam de medo de sentir medo. Nesses casos, é preciso cuidar do problema com um especialista. Outra boa notícia é a existência de remédios que impedem o aparecimento de novas crises. Mas eles devem ser associados à psicoterapia.
Os homens demoram mais para procurar ajuda. Eles tendem a se refugiar no álcool ou no cigarro. É muito importante procurar uma assistência para tratar esse mal, inclusive porque as demais pessoas da família nem sempre compreendem a situação.