Embora a ansiedade não seja considerada pelos especialistas uma doença e sim uma reação normal do organismo, quando ela passa a prejudicar o cotidiano das pessoas é necessário procurar ajuda de um profissional. Segundo o Instituto de Psiquiatria do Hospital de Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), cerca de 12% da população sofre de ansiedade, ou seja, 25 milhões de brasileiros possuem ansiedade patológica e não apenas são ansiosos.
De acordo com o psicólogo de Curitiba Dr. José Roberto Palcoski, a ansiedade pode ter alguns níveis e estar relacionada a algum fator ou não. “Todos nós temos ansiedade, e é normal e bom, pois ela nos move para concretização de nossos objetivos de vida, contudo se torna um problema quando começa a atrapalhar nossa rotina e nossas relações”, destaca.
Alguns sinais podem ser percebidos no dia a dia, entre eles: sensação de aflição, agonia, impaciência e inquietação. Existem diversos tratamentos psicoterápico para a ansiedade, sendo estes medicamentosos ou relacionados a alguma psicoterapia. “Para cada nível de ansiedade há uma forma diferente de realizar o tratamento – desde o trabalho frente o pensamento que cerca a situação ansiogênica, até a combinação de medicações e psicoterapia”, explica o psicólogo.
Entre os tratamentos que compõem as linhas da psicologia estão: psicologia analítica, Gestalt terapia, psicanálise, cognitiva comportamental, com técnicas de relaxamento, hipnose e o apoio social. “Poderíamos dizer que os principais tratamentos seriam o medicamentoso, orientado por médico psiquiatra em conjunto com psicoterapia individual e, ou grupo”, enfatiza. Já o acompanhamento psicológico é importante, pois a ansiedade é um pensamento, uma sensação persistente – sendo o psicólogo o profissional capacitado e treinado para lidar com estas situações. “Desde o mapeamento de sua origem até a cura plena da situação”, explica Palcoski.
No tratamento psicológico a melhora pode ocorrer a partir das primeiras sessões, porém dependerá de cada paciente e, principalmente, do nível de ansiedade que ele esteja apresentando. “Em geral começamos a perceber as melhoras por volta da décima sessão. O mais importante é não parar a terapia, pois o mais comum é que durante o tempo em que o paciente permanece em terapia se mantém bem, mas se parar antes do momento, acaba tendo uma recaída e possivelmente pode não ter aprendido a lidar com as suas situações ansiogênicas”, explica o especialista.
Porém, não é necessário que o tratamento seja duradouro. “Assim que as situações se resolverem a terapia pode ser encerrada. Não queremos que as pessoas se tornem dependentes da terapia e sim, que durante a terapia, aprendam a lidar com suas situações conflitantes da forma mais natural possível”, ressalta Palco