Frustrar-se na vida é inevitável. A consciência de suas emoções é fator essencial para o bem-estar do indivíduo.
Aprenda a treinar suas competências emocionais usando a Plasticidade Emocional, conceito da neurocientista especializada em emoções – Adriana Fóz, e se mantenha saudável.
Adriana Fóz, neuropsicóloga e neurocientista, que atuou como diretora da Unidade Integrativa Santa Mônica, tem propriedade para falar sobre frustração. Aos 32 anos, no auge de sua vida pessoal e profissional, ela sofreu um AVC e precisou de cinco anos para voltar a realizar plenamente atividades simples, como falar e andar. É fácil imaginar quantas frustrações Adriana precisou enfrentar. Pensou em desistir muitas vezes. Mas ao contrário do que você possa imaginar, ela desenvolveu ferramentas para alcançar a superação, mostradas em seu livro Frustração (Benvirá | 272 pp. | R$ 34,90).
Após sua recuperação, Adriana mergulhou de cabeça no estudo do funcionamento do cérebro e desenvolveu o conceito da Plasticidade Emocional. “A Plasticidade Emocional é traduzida no treino consciente de certas competências, as quais podemos otimizar para promover, recuperar ou modificar nosso desempenho. É um conjunto de competências emocionais que devem ser estimuladas para que possamos melhorar nossa performance e nosso bem-estar”, afirma a autora, sendo as principais competências perseverança, empatia, intuição, resiliência, gentileza, generosidade, paciência, otimismo, fé, criatividade, foco, coragem, perdão e gratidão.
Neste livro, Adriana aborda justamente os temas da superação da adversidade e da minimização do sentimento de frustração. Utilizando exemplos reais, ela mostra como estas competências emocionais funcionam – sempre pelo ponto de vista da neurociência, sua área de pesquisa – e dá dicas simples para perceber e praticar cada uma delas. O livro traz ainda alguns quizzes e uma mandala da Plasticidade Emocional, ferramentas que ajudarão na hora de encarar situações difíceis.
“Muitos estudos apontam que a doença que mais vai avassalar o mundo num futuro próximo não será uma doença do corpo (…), mas sim uma doença da mente: a depressão. Hoje já são mais de 322 milhões de pessoas sofrendo de depressão em todo o mundo (…). O Brasil também é campeão mundial no índice de ansiedade: 9,3% da população manifesta o quadro. Essa disfunção engloba várias outras, como ataques de pânico, transtorno obsessivo-compulsivo, fobias e estresse pós-traumático. Mas o aspecto positivo desse cenário é que, se aprendermos a lidar melhor com a tristeza, a raiva e a frustração, adoeceremos bem menos. E, se treinarmos competências emocionais, a palavra de ordem não será mais doença, e sim saúde!”, diz Adriana.
SOBRE A AUTORA
Mestre em Psicologia Médica e Psiquiatria pela Universidade Federal de São Paulo, Pós-graduada em Psicologia da Educação pela Universidade de São Paulo (USP), Adriana Fóz é especialista em Psicopedagogia e Neuropsicologia. É diretora da NeuroConecte, pesquisadora do LINC (Laboratório de Neurociências Clínicas – Unifesp. Referência nacional em Educação Socioemocional, Reabilitação Cognitiva e Neurociência Educacional, Adriana atende em seu consultório pacientes jovens e adultos, além de dar cursos e aulas em importantes instituições, como Casa do Saber, Palas Athena e Singularidades. Palestrante em congressos nacionais e internacionais, tendo inclusive se apresentado no TEDx, Adriana também é autora de diversos livros, entre eles, o best seller “A Cura do Cérebro” e “As aventuras de Newneu – O superneurônio”, este último voltado para o público infantojuvenil. Tem como propósito, tanto como pesquisadora, professora e terapeuta, conectar a educação, a neurociência e a saúde mental.