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1 em 3 adolescentes no Brasil sofre de transtornos mentais comuns

O levantamento mostra não apenas que 30% dos adolescentes sofrem desses transtornos como também indica que o problema piora à medida que as pessoas crescem.

Uma pesquisa inédita no país revelou uma informação assustadora: quase um em cada três adolescentes brasileiros sofre de transtornos mentais comuns (TMC), caracterizados por tristeza frequente, dificuldade de concentração ou sono, falta de disposição para tarefas do dia a dia, entre outros sintomas. Caso o problema não for tratado, pode evoluir para distúrbios mais sérios.

O estudo analisou informações de 85 mil jovens de 12 a 17 anos de escolas públicas e privadas de 124 municípios que contenham mais de 100 mil habitantes. O objetivo do Erica (Estudo de Riscos Cardiovasculareas em Adolescentes) era levantar a disseminação de fatores de perigo para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Entre eles, estão os TMC, devido ao desequilíbrio hormonal que podem provocar, além de hábitos possíveis decorrentes do problema, como obesidade, tabagismo e alcoolismo.

Os adolescentes tiveram que responder sobre aspectos como tristeza e dificuldade de dormir, sempre levando em conta os 15 dias anteriores. Os transtornos mentais comuns eram identificados com base na frequência com que os sintomas apareciam nesse período em cada questionário.

Conduzida entre 2013 e 2014 por várias universidades brasileiras e financiada pelo Ministério da Saúde, a pesquisa mostra não apenas que 30% dos adolescentes sofrem desses transtornos como também indica que o problema piora à medida que as pessoas crescem:

Na faixa etária de 15 a 17 anos, os transtornos mentais comuns foram identificados em 33,6% dos estudantes, enquanto entre os alunos de 12 a 14 anos a taxa é de 26,7%. Ainda de acordo com o levantamento, o índice é sempre maior entre as meninas, em todos os recortes de idade. Aos 12 anos, 28,1% delas têm algum tipo de TMC. O ápice acontece aos 17 anos, quando 44,1% das adolescentes brasileiras apresentam o problema.

Dificuldade de diagnóstico
O problema é, normalmente, diagnosticado tardiamente já que os sintomas que caracterizam esses transtornos não são suficientes para um diagnóstico de depressão, dificultando sua identificação. Embora silenciosos, os TMC podem levar estudantes até mesmo a abandonar suas escolas, por dificuldade de adaptação.

Fonte: JTV

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