Devido aos componentes químicos capsaicina e pirerina contidos na pimenta, elas atuam como agente anti-inflamatório e melhoram o humor. Algumas propriedades também elevam a produção de endorfina, considerado o hormônio do prazer e que aumenta a sensação de bem-estar. Segundo o médico Márcio Bontempo em seu livro “Pimenta e seus benefícios à saúde”, o fruto tem também seis vezes mais vitamina C do que a laranja; sendo que 28 gramas de pimenta fornecem a quantidade diária de vitamina C que um adulto necessita.
No combate ao peso, a pimenta caiena, por exemplo, atua na queima metabólica e seus efeitos positivos foram comprovados por um estudo da Université Laval, no Canadá. Pesquisadores submeteram alguns voluntários da região a comer uma quantidade desse tipo de alimento durante o café da manhã. O resultado comprovou que as pessoas tiveram a redução do apetite. Já para melhorar o humor, o floricultor Ricardo Olani, sugere a pimenta de cheiro ou a vermelha. “Essas espécies de pimenta estimulam a produção do hormônio do bem-estar, contribuindo para uma melhor qualidade de vida”, comenta.
Embora os benefícios da pimenta já sejam evidentes e alguns pratos típicos tenham como base o tempero, como o acarajé e a moqueca, o condimento ainda é pouco utilizado pelos brasileiros devido à sua ardência. A boa notícia é que essa sensação pode ser amenizada ao extrair as sementes. “Quem não gosta da sensação ardente, é só retirar a parte interna da pimenta que o sabor fica mais suave”, explica Olani.
Existe contraindicação para o consumo da pimenta?
Como já comprovado, as pimentas atuam beneficamente ao corpo humano, mas quem sofre com gastrite, por exemplo, deve evitar a ingestão, afinal o fruto estimula também a produção do suco gástrico, o que pode prejudicar ainda mais a inflamação. Por isso, nada melhor do que procurar orientações do nutricionista para que ele prescreva o cardápio ideal para o seu tipo de problema e indique a melhor maneira de inserir a pimenta na medida certa na sua alimentação. Segundo informações do livro de Bontempo, “nenhum alimento curativo, recurso medicinal ou erva, salvo em situações especiais e sob orientação profissional, deve ser usado em grande quantidade. E com a pimenta não é diferente”, afirma o autor.