Ayde Câmara reforça que o trabalho com pacientes dependentes químicos no Hospital Santa Monica é multifacetado e intensivo. Envolve uma abordagem interdisciplinar que inclui psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais e outros profissionais de saúde. Nosso objetivo principal é oferecer um tratamento integral que aborde tanto a dependência química quanto as questões emocionais e sociais subjacentes. Trabalhamos com terapias individuais e em grupo, além de programas de reabilitação e reintegração social. Um dos principais desafios é a resistência inicial ao tratamento. Muitos pacientes chegam ao hospital sem reconhecer a gravidade de sua dependência ou sem acreditar que podem se recuperar. Além disso, enfrentamos desafios relacionados à comorbidade, já que muitos pacientes também sofrem de transtornos mentais, como depressão e ansiedade. A estigmatização da dependência química também pode ser um obstáculo, dificultando o apoio da família e da comunidade. A abordagem interdisciplinar é crucial porque a dependência química é uma condição complexa que afeta múltiplas áreas da vida de uma pessoa. Psiquiatras e médicos são essenciais para manejar os aspectos médicos e farmacológicos da dependência, enquanto psicólogos e terapeutas ajudam os pacientes a entender e modificar os comportamentos e pensamentos que contribuem para a dependência. Assistentes sociais e terapeutas ocupacionais ajudam a abordar as questões sociais e ocupacionais, facilitando a reintegração dos pacientes na sociedade.