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Existe tratamento para dependência emocional? Descubra!

Não consegue “largar o osso” e deixar aquela pessoa ir embora? Sente que sua vida não tem qualquer sentido sem a presença de alguém, seja romanticamente ou não? Isso pode indicar uma certa dependência emocional.

Mas, afinal, o que é isso? Esse tipo de questão funciona mais ou menos do mesmo jeito que outras dependências. Sendo assim, podemos ter a associação do problema com outras condições, incluindo a depressão e a ansiedade.

A seguir, a psicóloga do Hospital Santa Mônica, Ayde Câmara, irá explorar como a dependência emocional se manifesta, em quais contextos ela pode surgir, se existem tratamentos disponíveis e como essa condição se relaciona com a ansiedade e a depressão. Tudo pronto?

Como a dependência emocional se caracteriza?

Começaremos entendendo o que é a dependência emocional. Conforme mencionado, os principais sintomas desse problema incluem a busca por aprovação e a necessidade extrema de estar com outra pessoa. Além disso, há um grande medo de ser abandonado.

Ou seja: essas pessoas não conseguem se ver sem a outra (ou outras). E, por isso, muitas vezes sentem que não conseguem viver ou ser felizes sem a presença e a validação desse outro alguém.

Quer saber mais? Confira alguns exemplos de manifestação desse tipo de comportamento!  

Medo da rejeição

O medo constante de ser rejeitado ou abandonado pode levar a comportamentos “subservientes”, ou seja, aqueles em que a pessoa faz qualquer coisa para manter o relacionamento.

Por conta disso, é muito comum que pessoas dependentes se “apaguem”, parando de fazer coisas que gostam ou de demonstrar interesse sobre temas que outrora faziam parte de suas rotinas.

Baixa autoestima

Indivíduos emocionalmente dependentes muitas vezes têm uma visão negativa de si e, por isso, acreditam que não são dignos de amor.

Além disso, creem que não conseguirão sobreviver sem a aprovação de outra pessoa. Esse é um sintoma clássico da dependência de emoções e outra razão comum para o “apagamento” da personalidade da pessoa afetada.

Comportamento controlador

Algumas pessoas dependentes podem se tornar possessivas ou ciumentas, tentando controlar as ações de seus parceiros para evitar a dor da rejeição.

Ou seja: essa é uma das origens clássicas dos relacionamentos abusivos ou tóxicos. Nesses casos, a pessoa acaba sufocando a outra por medo de perdê-la.

Necessidade excessiva de aprovação

Tudo isso também está associado à busca constante por validação e aprovação. A longo prazo, isso pode fazer com que a pessoa sinta que precisa do outro para se sentir bem consigo mesma.

Esse comportamento podem se intensificar ao longo do tempo. Por isso, também é responsável por gerar uma relação tóxica tanto para o dependente emocional quanto para a pessoa de quem ele depende.

Quando a dependência emocional pode existir?

A dependência emocional pode surgir nos mais diversos contextos. Inclusive, por vezes, ela está presente em relações que inicialmente parecem saudáveis e bem equilibradas. Continue para saber mais! 

Relacionamentos românticos

Sabe aquele casal que nunca se larga? Pode ficar calmo: nem sempre isso indica que algum deles é dependente emocional. No entanto, quando eles (ou um deles) não consegue fazer suas próprias atividades e apaga sua própria personalidade em prol do outro, temos um caso de dependência emocional.

Relações familiares

A dependência emocional também pode ocorrer em relações familiares, especialmente entre pais e filhos. Nesse caso, um filho pode se tornar excessivamente dependente da validação de seus pais.

A longo prazo, isso pode comprometer sua capacidade de se tornar independente emocionalmente e seguir sua própria vida, “saindo debaixo das asas” da família.

Amizades

Em amizades, esse problema pode se manifestar como uma necessidade constante de estar com o amigo ou de buscar sua aprovação. Ou seja: é bem parecido com as outras formas de relacionamento.

Novamente, isso pode levar a um desgaste da amizade e até ao afastamento do círculo social. E, claro, gera muito sofrimento para ambas as partes envolvidas.

Ambiente de trabalho

No ambiente de trabalho, a dependência emocional pode surgir em relações com supervisores ou colegas. Sem dúvidas, essa é uma atitude prejudicial em um espaço que deve ser profissional.

Sendo assim, um funcionário pode sentir que sua autoestima está ligada ao reconhecimento de seu chefe, o que pode resultar em estresse e ansiedade.

Existe tratamento para dependência emocional?

Sim, existem tratamentos eficazes para a dependência emocional. O primeiro passo é reconhecer que esse padrão de comportamento está afetando negativamente a vida da pessoa.

A partir daí, é possível investir na implementação de abordagens para melhorar o bem-estar dos pacientes acometidos pelo problema. Vamos conhecê-las?

Psicoterapia

Sempre ela, não é mesmo? A psicoterapia é uma das formas mais eficazes de tratar a dependência emocional. Durante as sessões, um profissional de saúde mental (que pode ser um psicólogo ou psicanalista, por exemplo) pode ajudar o paciente a identificar os padrões de comportamento que causam sofrimento.

E não se esqueça: a psicologia tem muitas abordagens. Uma das mais famosas é a terapia cognitivo comportamental, ou apenas TCC. No entanto, a psicanálise, a terapia focada nas emoções e outras vertentes também podem ajudar.

Grupos de apoio

Participar de grupos de apoio pode ser uma forma eficaz de lidar com a dependência emocional. Mas, afinal, o que acontece nessas reuniões?

Nesses grupos, o objetivo é compartilhar. Por isso, os indivíduos que enfrentam desafios semelhantes podem conversar entre si e se apoiar no combate à dependência emocional.

Mindfulness e técnicas de relaxamento

Relaxar é fundamental! Sendo assim, práticas de mindfulness — uma prática que foca no hoje e no agora — e relaxamento — como meditação e ioga —, podem ajudar a reduzir a ansiedade e a promover um maior senso de autocontrole.

Além disso, a prática de esportes ou de qualquer atividade física pode ser benéfica para trazer mais equilíbrio ao emocional das pessoas que lidam com esse tipo de dependência.

Medicamentos

Em alguns casos, medicamentos podem ser prescritos para tratar sintomas de ansiedade ou depressão que acompanham a dependência emocional.

E não se esqueça: nada de se automedicar ou apenar para recursos “naturais”. Isso deve ser discutido com um médico ou psiquiatra para que o melhor tratamento seja instaurado.

Como a dependência emocional se relaciona com a ansiedade e depressão?

A dependência emocional está frequentemente interligada a problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão. Continue para saber mais!

Baixa autoestima

Como você viu, muitas vezes as pessoas com dependência emocional se veem sob uma perspectiva bem negativa. E, concomitantemente, os indivíduos que não se sentem bem consigo mesmos são mais propensos a buscar validação externa.

Como consequência, essa combinação pode levar a um ciclo vicioso de dependência e sentimentos de inadequação.

Desamparo

Se sentir sozinho não é algo bom e, infelizmente, a dependência emocional pode gerar um sentimento de desamparo constante. Assim, a pessoa acredita que não pode ser feliz ou bem-sucedida sem a presença e o apoio de outra. Sentimentos de isolamento desse porte podem gerar quadros depressivos.

Medo da rejeição

A baixa autoestima e o desamparo andam juntos para gerar um outro problema: a rejeição. E, como consequência, o medo constante de ser abandonado pode levar à ansiedade crônica.

Essa ansiedade pode se manifestar em sintomas físicos, como palpitações, sudorese e dificuldade de concentração e memória.

Relações tóxicas

Por fim, a dependência emocional pode resultar em relações tóxicas que culminam em quadros de ansiedade e depressão.

Sendo assim, quando um relacionamento se torna desgastante e difícil de lidar, isso pode aumentar os sintomas de ambos os transtornos.

Se identificou com alguns dos sinais? Acha que se encontra em uma relação pouco saudável? Então, é hora de se cuidar! Procure apoio psicológico para enfrentar esse momento e construa relacionamentos mais equilibrados para todos os envolvidos.

O Hospital Santa Mônica está aqui para ajudar! Caso você sinta que precisa de ajuda ou conheça alguém que se enquadra nesses quesitos, entre em contato!

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