Na saúde, de uma forma geral, os médicos realizam os diagnósticos utilizando conjuntamente a história trazida (anamnese), o exame físico do paciente e eventuais exames, quando necessário. Na Medicina é utilizado de forma global o que é definido como semiologia médica, que nada mais é do que o estudo dos sinais de doenças que permite aos profissionais da saúde, identificar alterações físicas e mentais, organizar os achados identificados e, daí, formular suspeitas diagnósticas e definir tratamentos.
Na psiquiatria, temos o que chamamos semiologia psicopatológica, que é o estudo dos sinais e sintomas dos transtornos mentais. Nesta esfera da medicina, os exames laboratoriais e de imagem se fazem necessários geralmente, apenas na tentativa de afastar alguma doença que possa estar fazendo com que o indivíduo tenha manifestações em seu comportamento e funcionamento, o que se denomina “diagnóstico diferencial”. Como exemplo: alguns quadros depressivos são consequência de alterações hormonais e, portanto, seria uma alteração hormonal a ser tratada e não psiquiátrica. A solicitação de exames hormonais seria para ser “diferenciado” um transtorno no humor, de um problema hormonal.
O fato da psiquiatria necessitar apenas da história e avaliação do paciente, e dispensar exames, é o que faz com que os indivíduos, por não terem algo “palpável”, muitas vezes tentam desacreditar a existência do seu problema, aceitar a doença e o tratamento. No campo da psicopatologia está incluído uma variedade de fenômenos humanos especiais que são associados à doença mental. São vivencias, estados mentais e comportamentos que os indivíduos manifestam. O estudo da doença mental necessita da observação cuidadosa de suas manifestações.
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Diretoria Clínica do Hospital Santa Mônica.