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Depressão: Crescente ameaça mortal entre adolescentes e adultos

O que é?

Tratamento adequado

Reconheça os sintomas

A prevalência da depressão grave entre adolescentes e adultos jovens aumentou significativamente nos últimos anos, e as adolescentes parecem ser mais vulneráveis.

Pesquisadores do Johns Hopkins University, em Baltimore, Maryland, salientam que esta tendência significa que um número cada vez maior de jovens tem depressão sem fazer tratamento.

Foram pesquisados mais de 172.000 adolescentes e cerca de 179.000 jovens adultos que responderam aos National Surveys on Drug Use and Health, enquetes anuais transversais feitas com a população norte-americana.

Entre os adolescentes dos 12 aos 17 anos, a prevalência de episódios de depressão grave em 12 meses deu um salto de 37%, indo de 8,7% em 2005 para 11,3% em 2014.

Isto se traduz em um aumento de mais de meio milhão de adolescentes com episódios de depressão grave em 12 meses entre 2005 (aproximadamente 2.200.000) e 2014 (aproximadamente 2.700.000).

Entre as adolescentes, a prevalência de episódios de depressão grave em 12 meses aumentou de 13,1% em 2004 para 17,3% em 2014, enquanto que entre os meninos, a prevalência aumentou de 4,5% para 5,7%.

Isto está de acordo com estudos anteriores, que também encontraram maior aumento de sintomas depressivos entre as meninas do que entre os meninos nos últimos anos, e com os dados recentes sobre as tendências do suicídio nos Estados Unidos, que identificaram maior aumento entre as adolescentes e as mulheres jovens.

O aumento da prevalência de episódios de depressão maior foi mais modesto entre os adultos jovens dos 18 aos 25 anos, subindo de 8,8% em 2005 para 9,6% em 2014.

Os dados demográficos mostram que entre os adolescentes dos 12 aos 17 anos, os que apresentam episódios de depressão têm maior probabilidade de serem mais velhos, não ir à escola, viver somente com um dos pais e ter transtornos de uso de substâncias químicas em comparação aos seus pares sem episódios de depressão maior. Entre os adultos jovens dos 18 aos 25 anos, aqueles com episódios de depressão maior têm maior probabilidade de serem mulheres, de cor negra e ter transtornos de uso de substâncias químicas. Estas tendências permaneceram significativas após o ajuste por transtornos de uso de substâncias químicas e fatores sociodemográficos.

Quanto ao tratamento, a proporção de adolescentes com episódios de depressão maior que receberam aconselhamento ou tratamento de saúde mental nos últimos 12 meses para depressão por parte de qualquer profissional de saúde não mudou significativamente entre 2005 e 2014, informam os pesquisadores.

Entretanto, o atendimento por profissionais especializados em saúde mental aumentou entre os adolescentes e os adultos jovens, e o uso de medicamentos controlados e internações hospitalares aumentou entre os adolescentes.

No entanto, os pesquisadores observam que o número cada vez maior de adolescentes e adultos jovens deprimidos que não recebem nenhum tipo de tratamento para seus episódios de depressão maior impõe a renovação dos esforços de alcançar esta população, especialmente nos serviços de saúde e de orientação nas escolas e nas faculdades, e nos consultórios dos pediatras, onde muitos adolescentes e adultos jovens com depressão sem tratamento podem ser identificados e tratados.

 

Ameaça mortal

A depressão é uma ameaça de morte considerável e crescente entre os adolescentes. É imperativo dar prioridade na saúde de nossa população ao tratamento da depressão dos jovens.

Eles acrescentam que as causas por trás do aumento da depressão entre os adolescentes precisam ser investigadas cientificamente.

Destacam que, apesar do aumento “perturbador” da depressão entre os adolescentes, o percentual de jovens com história de episódios de depressão mais grave recebidos no atendimento primário por depressão é somente de cerca de 10% e praticamente não se moveu na década passada.

O Hospital Santa Mônica reforça que existem formas de prevenir a depressão e também de tratá-la, considerando que ela pode levar a graves consequências para os todos.

 

Fonte: Mediscape

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