A depressão tem a ver com alterações no cérebro que levam a uma queda no nível de substâncias produtoras do bem-estar, como a serotonina. Embora seja muito estudada, ela ainda está cercada de mistérios. Mas, o que se sabe com certeza, é que está ligada à genética. Ela provoca angústia, apatia, problemas na libido, no apetite e no sono, raciocínio lento, danos na memória e outros males, diz o psiquiatra Fernando Fernandes, da Faculdade de Medicina da USP.
Quando o coração padece
Existem evidências de que a depressão favoreça a hipertensão e o infarto. A doença gera um tipo de reação em cadeia e provoca desequilíbrio nos hormônios, caso do cortisol, que, em excesso, pode comprimir os vasos sanguíneos e prejudicar o coração. Além disso, geralmente os deprimidos não têm a menor disposição para praticar atividade física e comer direito e esses maus hábitos contribuem bastante para os problemas cardiovasculares.
Melancolia da mamãe
A vinda do bebê quase sempre é sinônimo de festa, mas para algumas mulheres o nascimento traz tristeza: é a depressão pós-parto. Quando a mãe não consegue cuidar do próprio filho e não tem ânimo nem para levantar da cama é preciso buscar ajuda urgente.
Crianças também sofrem
Se o pequeno chora com facilidade, não se empolga com nada, tem medo de tudo, fica irritadiço, tende a se isolar, não lida bem com frustrações e sempre se culpa por tudo, é hora de falar com o médico. Na adolescência, o depressivo pode apresentar, ainda, crises de raiva.
O vai e vem do transtorno bipolar
Alternar momentos de grande euforia e de profunda tristeza é marca desse distúrbio que pode ser confundido com a depressão. Outra característica é que esses sinais são muito exagerados, afetam a qualidade de vida e atrapalham a vida social. Quem sofre de transtorno bipolar também costuma ser bem agitado e impulsivo, além de falar demais. Há, também, tendência para o uso de drogas e álcool.