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Depressão e doenças crônicas: entenda como uma pode levar à outra

Depressão e doenças crônicas

Considerada o Mal do século, a depressão é uma das doenças de grande prevalência em todo o planeta. O estilo de vida moderno cursa com características que influenciam o surgimento de comorbidades que sustentam o elo entre depressão e doenças crônicas.

Como as crises depressivas acentuam as chances para o desenvolvimento de diferentes enfermidades é necessário buscar tratamentos que possam controlar os efeitos desse transtorno mental.

Dada à complexidade dessa questão, abordaremos aqui a relação entre depressão e doenças crônicas e as razões pelas quais as crises depressivas expõem o organismo ao maior risco do surgimento de diversas doenças. Apresentaremos também as melhores soluções para reduzir os impactos desse problema. Acompanhe!

Um breve panorama da depressão no Brasil

Uma recente pesquisa divulgada pelo Jornal da USP aponta que, ao longo da história, o conceito de depressão e a forma de encarar a doença sofreu sucessivas transformações. Há algumas décadas, problemas como a depressão, esquizofrenia e outros distúrbios da mente eram vistos com preconceito e por um viés modulado pela superstição e misticismo.

Hoje, em nosso país, o avanço da Psiquiatria faz com que os tratamentos para os transtornos mentais sejam vistos como um processo capaz de superar variados estigmas e alcançar quem realmente precisa de ajuda. Nesse contexto, a intrínseca relação entre depressão e doenças crônicas sugerem a necessidade de intervenções urgentes.

Outro aspecto relevante — e bem presente no cenário nacional — é a associação entre depressão e a menor produtividade no trabalho. Sintomas típicos da doença, como sensação de aperto no peito, falta de ar e excessiva ansiedade geram o desânimo e a indisposição para ir ao trabalho.

A maioria dos trabalhadores deprimidos enfrenta um longo período de tristeza, de angústia, de melancolia e se sente tão “para baixo” que não tem forças para cumprir as responsabilidades de rotina.

Nessas condições, a pessoa depressiva reduz a produtividade, perde a motivação e começa a pensar que a vida não tem significado. Esse quadro de instabilidade mental induz à diminuição da defesa imunológica e abre as portas para o surgimento de diversas doenças.

Tais fatores tornam a depressão uma das questões mais preocupantes devido, entre outros aspectos, ao forte impacto que essa doença gera na economia, na saúde e na qualidade de vida da população.

O Brasil é o país mais depressivo do continente, segundo a OMS. Nos últimos anos, a doença atingiu milhões de pessoas, independentemente de gênero, classe social ou estereótipo. Por isso, os números da depressão exigem intervenção adequada e medidas preventivas que possam reduzir os impactos desse transtorno.

Relação entre depressão e doenças crônicas

Definida como um transtorno de humor e de comportamento, quando instalada, a depressão domina as atitudes dos sujeitos, modifica o padrão emocional e altera a percepção de si mesmos.

Com isso, a pessoa doente passa a enxergar os problemas como grandes catástrofes e que, por isso, parecem não ter solução. Esse quadro causa uma desorganização cerebral tão intensa que influencia o funcionamento de todos os sistemas do corpo.

Devido a essa forte influência das desordens emocionais sobre o metabolismo, pessoas com doenças crônicas ou incuráveis têm um risco muito maior de desenvolver depressão. O contrário também pode ocorrer, já que o desajuste hormonal causado pelo desequilíbrio mental abre as portas do organismo para a ocorrência de inúmeras infecções e doenças.

Depressão aumenta os riscos para o desenvolvimento de doenças crônicas

Um estudo publicado pelo Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) analisou a ligação entre depressão e doenças crônicas em adultos. Destacou, ainda, a importante relação entre os fatores de risco para a depressão e os desajustes metabólicos a ela associada.

Mediante a relevância desse tema, conheça as razões pelas quais as crises depressivas aumentam as chances do surgimento de doenças crônicas. Listamos algumas das situações que mais influenciam o aparecimento dessas enfermidades. Vale destacar que algumas delas são de difícil controle. Veja quais são!

Influência do estado emocional

Muitas pessoas costumam remoer mágoas ou guardar rancores em relação a questões mal resolvidas. Porém, o ato de reprimir a dor por medo de exposição ou pela dificuldade de lidar com essas situações geram graves problemas à saúde.

Tais situações estão intrinsecamente relacionadas às doenças psicossomáticas resultantes da depressão. A instabilidade emocional prejudica as funções do organismo e eleva consideravelmente o risco de comorbidades, infecções e doenças graves.

Alterações hormonais

A depressão é uma enfermidade que surge em decorrência de diferentes fatores. Um dos que mais influenciam são as alterações hormonais que provocam desarranjos estruturais das  reações fisiológicas que sustentam o quadro depressivo.

Um exemplo clássico é a inibição dos neurotransmissores serotonina e dopamina, que são responsáveis pela manutenção do bem-estar e do humor. Em situações de estresse ou de ansiedade ocorre a maior liberação de um hormônio chamado cortisol. A alta de cortisol provoca a redução da serotonina e da dopamina, condição que alimenta a depressão.

Aumento de inflamação no corpo

Por um processo muito semelhante ao que ocorre com a competição hormonal, a depressão aumenta algumas substâncias que provocam processos inflamatórios. Com isso, o organismo torna-se mais fraco e vulnerável ao desenvolvimento de doenças crônicas.

Devido à relação entre depressão e doenças crônicas, o organismo fica mais exposto ao risco de enfermidades que são desencadeadas por causa da depressão não tratada. As principais são:

  • Demências, como Alzheimer e Parkinson;
  • Constipação intestinal;
  • Problemas cardíacos;
  • Distúrbios do sono;
  • Derrame cerebral;
  • Doenças de pele;
  • Úlcera gástrica;
  • Diabetes;
  • Alergias.

Ao longo da história, a depressão era associada à loucura e; por isso, a definição de doença mental precisou evoluir bastante e vencer mitos e superstições. Hoje, a depressão é vista como uma doença comum, e com grande possibilidade de reversão, desde que o paciente busque ajuda profissional adequada.

Logo, a intrínseca relação entre depressão e doenças crônicas sugere que não se deve esperar até que seja tarde demais para buscar ajuda. Para superar esse transtorno, o paciente precisa se submeter ao acompanhamento profissional em uma instituição especializada para conseguir recuperar a qualidade de vida e o bem-estar.

Gostaria de evitar a evolução da depressão para as doenças crônicas? O Hospital Santa Mônica pode auxiliar você! Então, não perca tempo: entre em contato conosco agora mesmo!

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