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Açafrão pode ser usado como tempero contra a depressão

Um estudo realizado na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, em Piracicaba (SP), identificou uma ação antidepressiva e antioxidante no açafrão, pó obtido a partir da raiz da curcuma, utilizado como tempero e na confecção de remédios. O resultado foi constatado em testes feitos com ratos pela nutricionista Gizele Barankevicz, de 23 anos, aluna do programa de pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos.

A pesquisa da nutricionista buscou explorar as funções medicinais da curcuma e identificou que o alimento é promissor porque se mostrou capaz de reduzir sintomas semelhantes ao da depressão humana em animais submetidos aos experimentos. O estudo mostrou também, segundo Gizele, o valor das pesquisas que buscam auxiliar na redução e prevenção do risco de desenvolver doenças como a depressão. Para obter os resultados, ela aplicou um teste de natação forçada em ratos. Os animais foram colocados em um tanque de acrílico com formato cilíndrico com água.

De acordo com a pesquisadora, a reação deles à situação revelou a capacidade antidepressiva do açafrão que havia sido aplicado. Gizele explicou que os ratos que não receberam a aplicação da substância se mostraram inertes à situação, ficando imóveis no tanque de água? comportamento típico da depressão? sem tentar escapar do risco. Já os ratos que receberam tiveram redução neste comportamento, já que tentavam nadar e fugir.

Assim, percebe-se que o açafrão preveniu o comportamento análogo à depressão humana. Segundo a pesquisadora, existem diversas aplicações da curcumina, composto presente na cúrcuma, como remédio, mas o objetivo dela é diferente. “A intenção é usar a substância na alimentação diária e, no caso do açafrão, além de temperar e colorir a comida, trazer benefícios à saúde, como a prevenção da depressão”, afirmou. “Ainda existem muitos testes para fazer antes de chegar à aplicação em humanos. É preciso passar por várias espécies de animais antes, encontrar as dosagens corretas para tentar comprovar a capacidade antidepressiva em seres humanos”, completou.

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