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Tabagismo na adolescência: entenda o risco de psicose e como tratar?

Tabagismo Adolescencia

O tabagismo na adolescência é considerado um dos tipos de dependência mais comuns na fase de transição da infância para a idade adulta. Isso acontece devido, principalmente, às influências do grupo social e do entorno familiar e à facilidade de acesso a cigarros e outros produtos derivados do tabaco — cujo princípio ativo é a nicotina, substância apontada como responsável pelo vício.

Segundo dados da Pesquisa Especial sobre Tabagismo (PETAb), conduzida pelo Ministério da Saúde e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2008, 58,3% dos fumantes e ex-fumantes diários de 20 a 34 anos iniciaram o hábito com idades entre 15 e 19 anos; já 19,6% começaram a fumar diariamente com menos de 15 anos.

Além de ser um fator de risco para o aparecimento de problemas físicos, como doenças cardiovasculares, bronquite e câncer, o uso do tabaco pode levar a problemas de saúde mental, como depressão, transtornos de humor e até mesmo esquizofrenia — caracterizada por alterações de comportamento e episódios de psicose.

Para entender melhor a relação entre tabagismo e psicose, continue acompanhando este post!

Tabagismo na adolescência e o risco de psicose

Um estudo publicado na revista científica Lancet Psychiatry por pesquisadores da Kings College London, em 2015, apontou que o uso diário de tabaco está associado a um risco maior de doença psicótica e a um início precoce do transtorno.

Após análises sistemáticas, os cientistas levantaram a hipótese de que a exposição à nicotina seria responsável pelo aumento das chances de esquizofrenia, pois essa substância altera os níveis de dopamina — neurotransmissor ligado à sensação de bem-estar e euforia.

Na adolescência, o corpo e o sistema nervoso ainda estão em formação e desenvolvimento. Por isso, o uso precoce de cigarro e de outros produtos de tabaco pode trazer graves prejuízos à saúde ao longo de toda a vida.

Outro fator relevante é que a esquizofrenia costuma se manifestar no final da adolescência e no início da fase adulta (dos 15 aos 35 anos), sendo pouco observada em crianças e pessoas com mais de 45 anos.

Principais sintomas

O consumo de tabaco pode levar rapidamente à dependência de nicotina, fazendo com que as pessoas tenham dificuldade de parar de fumar, apresentem sintomas de abstinência quando tentam largar o cigarro, deixem de lado atividades sociais ou recreativas para fumar e continuem com o vício mesmo quando apresentam problemas de saúde.

Em casos de suspeita de esquizofrenia, é importante procurar ajuda profissional imediata ao observar sintomas como delírios, alucinações, pensamentos desorganizados, isolamento social, mudanças repentinas de humor, distanciamento afetivo, falta de cuidados com a higiene pessoal e dificuldade de expressar emoções.

Diagnóstico e tratamento

O primeiro passo para receber um diagnóstico correto de dependência química e psicose é a busca de orientação especializada. Por meio de exames físicos e avaliações psicológicas,a equipe médica será capaz de realizar um tratamento individualizado, que pode incluir prescrição de medicamentos, psicoterapias e internação.

Hospital Santa Mônica é referência na área e oferece atendimento multidisciplinar e humanizado, dando apoio, acolhimento e orientação aos pacientes e familiares durante todas as etapas do processo de diagnóstico e tratamento.

Quer saber mais sobre as consequências do tabagismo na adolescência para a saúde no longo prazo? Leia o artigo sobre o maior risco de fumantes sofrerem um infarto antes dos 50 anos do que os não fumantes.

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